Patrocinadores se envolvem cada vez mais nas narrativas do futebol

O Palmeiras foi campeão brasileiro em 2018 – Fonte Flickr

Que o futebol é uma máquina de fazer dinheiro não há discussão. Mas é interessante notar como os patrocinadores estão cada vez mais envolvidos nas narrativas do esporte. Três casos atuais mostram essa força, mas poderiam ser citados vários outros.

A grande diferença é que as empresas aprenderam a como gerar histórias e não apenas estampar sua marca e gastar milhões pela visualização. A geração de sinergia entre o esporte, as empresas e suas culturas ficam claras. Um exemplo claro isso é a atuação das casas de apostas esportivas que vem patrocinando muitos times em todo mundo e até mesmo seleções como a brasileira, a chilena e também seleções europeias que estão disputando a Euro 2020 e podem ser vistas no Pitchnvasion – Guia da Euro, o qual faz um resumo completo dos resultados e dos times com melhores chances na competição.

Mas existem alguns fatos curiosos de como os patrocínios influenciam no esporte e no desempenho de times.

O Palmeiras e a Crefisa

O Palmeiras quase caiu pela terceira vez em pouco mais de 10 anos, quando, em 2014, foi salvo por um gol do Santos contra o Vitória, que foi o clube que acabou caindo. Desde lá o Verdão empilha títulos e o status de time mais rico do país junto com o Flamengo Além da boa gestão, nada disso seria possível sem a Crefisa.

A empresa de Leila Pereira começou como uma patrocinadora, algo completamente comum no futebol, mas aos poucos evoluiu para parceira na compra de atletas (algo que inclusive gerou um problema fiscal) e uma relação de simbiose quase similar à do clube com a Parmalat dos anos 90. Leila agora é conselheira do clube e não esconde que quer ser a Presidente.

Além da Crefisa, marca de empréstimos financeiros, os uniformes também exibem a marca da FAM (Faculdade das Américas), que também é da empresária. Os valores dos patrocínios são muito acima do mercado.

Por mais que os milhões pagos sejam realmente impressionantes, tanto Leila como sua empresa ganharam uma notoriedade que não teriam por vias normais. O exemplo é excelente para mostrar o poder que o futebol tem.

Empresas e clubes unidos por causas

Na melhor versão possível da união entre clubes e empresas está a capacidade de lutar por causas, com os clubes dando visibilidade e as empresas com os recursos. Neste fim de semana vimos vários clubes apoiando a causa LGBTQIAP+ com ideias muito legais.

O Vasco criou, em parceria com a Kappa, sua fornecedora de material esportivo, uma camisa com a tradicional listra transversal preta sobre o fundo branco tendo a cor do arco-íris. O Fluminense fez os números de seu uniforme também terem a mesma cor. A Alemanha fez algo similar no jogo contra a Hungria na Euro.

A Sumup, marca de maquininhas de pagamento com cartão, já tinha apontado que sua parceria com o Santos seria uma forma de divulgar seus ideais e o uniforme do clube paulista teve o patrocínio e os números com as cores do arco-íris. Para completar, em vez dos nomes dos jogadores, cada um dos uniformes tinha uma palavra de apoio – luta, diversidade, empatia – para a causa.

Mais do que geradores de dinheiro, as marcas podem se aliar a atletas e clubes para impulsionar mudanças na sociedade ou ideias interessantes. Outras empresas, como a Nike, têm campanhas semelhantes que chamam a atenção e geram uma conscientização. Com certeza essas boas ideias irão continuar.

Cristiano Ronaldo e a Coca-Cola

Uma simples garrafa de Coca-Cola causou um problema de milhões de dólares para a marca de bebidas. Cristiano Ronaldo retirou a garrafa de sua frente em uma entrevista coletiva porque não queria ser fotografado e filmado com um produto que não consome ou apoia.

Direito dele, mas a Coca-Cola paga para estar ali e as ações da empresa caíram no dia. Claro que colocar tudo na conta do astro português é um exagero, mas o assunto durou alguns dias e reforçou a ligação que há entre o esporte e as empresas, mesmo que nem sempre seja para o melhor.

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