Pandemia reflete no setor de serviços, que tem o pior resultado desde 2011

Volume caiu 6,9% em março deste ano impulsionado pelo isolamento social adotado por Estados para conter a disseminação do coronavírus, diz o IBGE

Segmento restaurantes e hotéis teve queda de 30% em relação a fevereiro – Foto: Agência Brasil

O setor de serviços registrou o pior resultado desde 2011 em março deste ano, de acordo com a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (12). As informações são do R7.

O volume de serviços caiu 6,9% em comparação com o mês de fevereiro, impulsionado pelo isolamento social adotado por diversos estados para conter o avanço do coronavírus.

“Essa queda é motivada, em grande parte, pelas paralisações que aconteceram nos estabelecimentos, sobretudo nos restaurantes e hotéis, que fazem parte dos serviços prestados às famílias. Outras empresas também sentiram bastante depois do fechamento parcial ou total, como os segmentos de transporte aéreo e algumas empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros”, afirmou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Entre as atividades que registraram queda em março estão os serviços prestados às famílias (-33,4%), com a interrupção parcial ou total do funcionamento de estabelecimentos como restaurantes e hotéis, segmento que teve queda de 30% em relação a fevereiro deste ano.

O outro recuo veio dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,4%), explicado, em grande parte, pela perda de receita das empresas de administração de programas de fidelidade; agências de viagens; vigilância e segurança privadas; gestão de ativos intangíveis; e atividades técnicas ligadas à engenharia.

Os principais impactos do isolamento começaram a ser sentidos nos últimos 10 dias de março, quando as paralisações começaram. Segundo Lobo, “aos poucos os governos locais foram tomando medidas mais fortes no sentido de se praticar o isolamento social e com isso algumas empresas de setores considerados não essenciais, como restaurantes, acabaram tendo que funcionar de forma parcial, muitas vezes migrando para o sistema de delivery, mas os hotéis não têm essa opção e acabaram fechando”.

Houve queda de 2,7% em comparação com o mês de março de 2019. O setor acumula queda de 0,1% em 2020 e alta de 0,7% nos últimos 12 meses.

O setor de serviços caiu em 24 das 27 unidades da federação, sendo observados resultados positivos apenas no Amazonas (1,9%), Rondônia (3,1%) e Maranhão (1,1%).

São Paulo (-6,2%) e Rio de Janeiro (-9,2%) sofreram as perdas mais importantes, pressionados pelos segmentos de alojamento e alimentação. Outras pressões negativas relevantes vieram do Rio Grande do Sul (-11,0%), Distrito Federal (-10,9%) e Paraná (-5,4%).

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