Dia de Campo debate o cultivo de cana em ambientes restritivos

Dia de Campo Embrapa e Raízen foi nesta quarta-feira, 19 – Foto: Orismar Espíndola

A Embrapa e a Raízen (Pólo MS) realizaram, na quarta-feira (19/4), o 1º Dia de Campo sobre cultivo de cana-de-açúcar em ambientes restritivos. O evento aconteceu na Fazenda Soebe, em Caarapó (MS), e contou com a presença de gestores e colaboradores da Raízen.

O objetivo do evento foi discutir soluções para o cultivo sustentável de cana-de-açúcar em ambientes restritivos, caracterizados por solos arenosos, com baixa fertilidade química, baixa capacidade de retenção de água e geralmente ocupadas por pastagens em algum grau de degradação.

Durante este 1º Dia de Campo, os participantes tiveram a oportunidade de compreender a importância do Sistema Embrapa de produção sustentável de cana-de-açúcar em ambientes restritivos, que vem auxiliando a Raízen – Polo MS a desenvolver e implantar o seu protocolo agronômico para manejo de ambientes restritivos.

A apresentação do Sistema de Produção foi realizada na tenda central do evento, após a solenidade abertura do Dia de Campo, que contou com a presença do: Gerente de Planejamento Pólo MS na Raízen, Márcio Marçal; Gerente Agrícola, Soluede Mulon Tonon e do Chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira.

“A parceria entre Embrapa e Raízen, já acontece há mais de cinco anos, e já produziu uma série de resultados importantes e que serão compartilhados com todos os participantes do Dia de Campo”, disse Márcio, na sua fala de abertura do evento. Também foi realizado o Momento de Segurança, onde os participantes foram orientados sobre possíveis riscos da atividade.

Soluede, por sua vez, enfatizou a importância desta parceria, que tem ajudado a alavancar a produção, permitindo produzir mais no mesmo lugar, ampliando o tempo de vida útil dos canaviais, especialmente em ambientes restritivos.

Para Harley, essa atividade é fruto da confiança e da parceria com a Raízen, que tem viabilizado estes resultados. Ele disse que a equipe Embrapa tem se dedicado às pesquisas com cana-de-açúcar no Mato Grosso do Sul, desde 2010. Destacou ainda, que “a parceria com a Raízen tem nos fortalecido e possibilitado a aplicação, diretamente no campo produtivo do setor sucroenergético, dos resultados das pesquisas científicas, buscando gerar e transferir conhecimento ao setor produtivo”.

“Estamos num momento muito importante da instituição, pois este mês, a Embrapa está comemorando 50 anos. Esperamos que essa parceria se estreite e se fortaleça cada vez mais, sendo proveitosa para ambas as empresas, que se prolongue por mais 50 anos, pois estamos contando com a força da Raízen para os anos vindouros”, finalizou Harley.

Dinâmica do evento – Por meio de dinâmicas realizadas nas três estações instaladas na área demonstrativa e no experimento, os participantes puderam conhecer os principais resultados das pesquisas que vêm sendo desenvolvidas desde 2017, por meio de parceria entre a Embrapa Agropecuária Oeste e Raízen.

Na Estação 1, intitulada: “Construção do perfil de fertilidade do solo”, conduzida pelo pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Hissao Kurihara, os participantes puderam conhecer detalhes dos resultados de pesquisa sobre métodos de preparo do solo e tiveram acesso a informações qualificadas relacionadas a doses e formas de incorporação de corretivos da acidez do solo, entre outros. Eles puderam ainda verificar “in loco”, por meio de trincheiras, o impacto destes tratamentos no desenvolvimento do sistema radicular e produtividade da cana-de-açúcar.

Na Estação 2, intitulada: “Uso de composto como condicionador de solo ou fertilizante organomineral”, sob a responsabilidade da pesquisadora Adriana Marlene Moreno Pires. Ela explicou como os resíduos orgânicos provenientes da agroindústria sucroenergética, quando tratados adequadamente, podem ser transformados em fertilizantes organominerais para uso nas lavouras canavieiras, ou seja, biofertilizantes, que ajudam a melhorar a qualidade do solo e a aumentar a produtividade das culturas.

Na Estação 3, intitulada: “Como proteger o solo: plantas de cobertura, o pesquisador Cesar Jose da Silva, falou sobre as técnicas de implantação, condução e  manejo mais adequadas para plantas de cobertura utilizadas na expansão e renovação dos canaviais, destacando o uso do cultivo de culturas de  adubação verde, como leguminosas (crotalárias e soja),  gramíneas (braquiárias e milheto), bem como a utilização dessas espécies em consórcio. Além das práticas de manejo das plantas de cobertura foram apresentados resultados de produtividade da soja e cana-de-açúcar, cultivadas em sucessão a estas espécies, evidenciando os ganhos de produtividade obtidos pelos sistemas preconizados.

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