Movimento de jogadores brasileiros para boicote à Copa América não encontra respaldo

Tite durante uma coletiva de imprensa – Divulgação/CBF

O movimento de jogadores da seleção brasileira pelo boicote à Copa América não encontrou eco em outras delegações que disputam as Eliminatórias e seguirão reunidas depois para a Copa América. Houve contatos de Neymar com lideranças de outras equipes, como os equatorianos Enner Valencia e Airton Preciado, para discutir o movimento, mas até agora não houve avanços.

Equatorianos e outras seleções, principalmente aquelas que têm jogadores que atuam no futebol local e veem competição não só como vitrine, mas também possibilidade de premiação alta (cada seleção recebe US$ 4 milhões para participar da primeira fase, podendo chegar a US$ 9 milhões com o vice-campeonato e US$ 14 milhões com a conquista), não veem possibilidade de abrir mão da disputa.

Há contratos em vigor, possibilidades de punições administrativas e, além disso, diferenças de condições econômicas enormes entre os atletas.

Nos últimos dias, a reportagem do ge fez contatos com profissionais de outras seleções e era claro que não havia eco nas manifestações de Suárez e Aguero, que falaram sobre não disputar a competição antes de Neymar.

Outro motivo é técnico. As seleções têm calendário quebrado pela pandemia, atuaram pouquíssimo no último ano e meio e precisam da competição para simplesmente jogar. O fator econômico também pesa muito. Se a maioria dos jogadores da seleção brasileira, argentina, uruguaia e colombiana jogam fora do seu país, há realidade bem diferente da Bolívia, por exemplo.

– Se eles jogam na Europa e jogam as Eliminatórias, aqui só jogamos Libertadores e a Sul-Americana – comentou um dos envolvidos na competição, que não vê possibilidade de recuo dos atletas.

Nos últimos dias, nove das 10 associações nacionais da América do Sul reafirmaram seu compromisso com a Copa América em manifestações nas redes sociais. Apenas a CBF, que também é responsável pela preparação do torneio, não se manifestou.

As demais confirmaram sedes e até divulgaram cartas de apoio, como foi o caso da federação uruguaia. A Conmebol acompanha com atenção as movimentações, mas não sente o torneio ameaçado pelas manifestações de atletas até agora.

Do Globo Esporte

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