Flávio Bolsonaro pagou título de R$ 1 milhão, aponta relatório do Coaf

O senador eleito Flávio Bolsonaro – Foto: ALERJ/Divulgação

Novo trecho do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta que Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), pagou um título bancário da Caixa Econômica Federal de pouco mais de R$ 1 milhão.

O novo trecho foi revelado na noite de ontem (sábado, 19), pelo Jornal Nacional da Rede Globo. O Coaf, entretanto, não conseguiu identificar a data ou quem seria o favorecido do título de R$ 1.016.839.

Na sexta (18), também foi revelado que Flávio Bolsonaro recebeu 48 depósitos em dinheiro em sua conta. Os depósitos de R$ 2 mil cada totalizaram R$ 96 mil e foram feitos em dinheiro de dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Flávio Bolsonaro era deputado estadual e se elegeu senador em outubro do ano passado. Até o momento, o senador eleito pelo Rio de Janeiro ainda não comentou o assunto.

Flávio visitou o pai ontem e passou a manhã e o início da tarde no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Ele não falou com a imprensa.

Desde o início de dezembro do ano passado, após o Coaf identificar movimentação atípica de mais de R$ 1 milhão nas contas bancárias de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o filho mais velho do presidente, o ex-assessor e sua família ainda não ofereceram explicações ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

No fim da semana passada, Flávio não compareceu ao MP para prestar esclarecimentos, alegando que não era investigado e não tinha acesso aos autos. Queiroz e família também faltaram aos depoimentos marcados pelo MP.

Na última quinta-feira (17), o vice-presidente Supremo Tribunal Federal (STF) e encarregado do plantão judiciário, ministro Luiz Fux, aceitou pedido de Flávio para suspender a investigação sobre Queiroz.

Em entrevista exibida pela Record na mesma noite em que os 48 depósitos foram revelados pelo Jornal Nacional, o senador eleito disse que não está “se escondendo” atrás do foro privilegiado ao pedir a suspensão da investigação ao STF. “Eu sou contra o foro, mas não é uma escolha minha. O foro é por prerrogativa de função. Então, querendo ou não querendo, eu tenho que entrar com o remédio legal no órgão competente. O STF é o único órgão que pode falar qual é o foro”, disse.

Do Congresso em Foco

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