Empresas devem adotar estratégias para tentar minimizar a crise

Mudanças na precificação e ações solidárias são algumas das medidas tomadas pelas corporações

Em meio à crise financeira e sanitária instalada pelo novo coronavírus (Covid-19), as empresas buscam alternativas para manter a rentabilidade, as vendas e até para ajudar no combate à doença. É possível notar essas estratégias a partir de várias iniciativas já criadas, como a da Budmen Industries, empresa de impressoras 3D que está fazendo máscaras protetoras, plásticas e biodegradáveis e disponibilizando-as aos profissionais de saúde.

Enquanto isso, empresas que estão inseridas em outros setores podem encontrar alternativas para continuar operando na medida do possível, através da internet. Isso porque, apenas no mês de março, quando os decretos da quarentena foram publicados, as vendas de e-commerce aumentaram 180% nos segmentos de alimentação e saúde, enquanto os demais setores registraram um crescimento de 30%. Os dados são da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

Mesmo assim, Maurício Salvador, presidente da entidade, afirma que as vendas online também sofrerão com a quarentena. Sendo assim, é importante adotar estratégias que tornem a oferta atrativa aos consumidores, como a diminuição de preços e a melhora no serviço de entrega, segundo Guilherme Dietze, assessor econômico da Fecomercio-SP.

“Estamos falando de uma situação atípica que foge de todos os parâmetros, então não há uma regra clara”, explica ele. Deste modo, alguns requisitos devem ser reconsiderados no momento de estipular um valor ideal para a mercadoria.

Como o futuro é incerto, a recomendação geral é de que os empresários aceitem que a margem de lucro pode cair um pouco para que os estoques sejam liquidados, além de analisar possíveis gastos que podem ser eliminados. “Ainda não sabemos por quanto tempo a situação ficará assim. Pensando no pior cenário, em que duraria meses, a empresa precisará de fluxo de caixa para pagar os custos fixos”, aponta Dietze.

Apostar no delivery para entregas de produtos vendidos pelo site também é uma das alternativas listadas pelos especialistas. Isso porque implementar um serviço logístico mais robusto ou enviar pedidos por transportadoras em meio à crise pode ser mais custoso. “Não sabemos, por exemplo, como vão ficar os Correios com essa paralisação. Quem vende online precisa se preocupar muito com logística, e talvez um iniciante sofra muito nesse contexto”, afirma Dietze. (Veja a posição do Correios no final da matéria)

Além dessas medidas, facilitar os processos de compra, venda e entrega de mercadorias, integrações entre os setores da empresa e análise de dados que deve ser realizada pelos gestores também é vantajoso na hora de administrar a crise. Existem alguns meios, como o software de gestão integrada ERP, que auxiliam na comunicação de áreas distintas como  vendas, finanças, estoque e recursos humanos.

Esclarecimento do Correios

Os Correios estão seguindo a determinação do Decreto nº 10.282/2020 da Presidência da República, que define os serviços postais como essenciais. Ressaltamos que os serviços estão sendo prestados normalmente: as operações e a rede de atendimento estão atuando em conformidade com as recomendações do Ministério da Saúde, obedecendo às medidas preventivas estabelecidas pela empresa para garantir a segurança de empregados e clientes.

Devido à pandemia, há alta demanda pelos serviços da empresa, uma vez que diversos comerciantes recorrem ao e-commerce como forma de continuar suas atividades. Os Correios acompanham essas mudanças e estão sempre prontos para atender às necessidades dos clientes. No Mato Grosso do Sul, todas as agências e centros operacionais estão abertos.

Mesmo nesse contexto adverso, os Correios, que desempenham um papel essencial à sociedade, têm trabalhado para proteger seus empregados, clientes e fornecedores, e viabilizar, com segurança, a continuidade de suas atividades.

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