Com DNA científico, projetos da EE Arlindo de Andrade Gomes se destacam no âmbito nacional

Os projetos “Lesmasbusters”, que elabora um produto biodegradável, a base de barbatimão para controle de camarujos-africanos e “Fogo no Parquinho”, que testa o método de queima controlada das sementes de Leocena, são premiados no âmbito estadual e destaques nas feiras nacionais.

A Escola Estadual Arlindo de Andrade Gomes, localizada no bairro Santo Amaro, em Campo Grande, conta com Clube de Ciências, desde 2017 e está sendo fundamental nas práticas e tornou a unidade escolar vencedora de diversos prêmios em feiras e eventos com projetos científicos desenvolvidos pelos estudantes do ensino fundamental e médio.

Atualmente o Clube de Ciências conta com seis professores participantes das áreas de conhecimento de biologia, química, física e tecnologia, Wendilly Lorraine Campos Tabosa de Azevedo, Ana Paula Floriano, Aldrian Medeiros, Adriana de Paula e o coordenador de curso Demerval Alves de Souza Junior, no Clube não existe um professor responsável, todos compartilham da responsabilidade pelo desenvolvimento dos projetos, atualmente temos dois em andamento”, menciona professora Wendilly Campos.

A estudante do segundo ano do ensino médio Rebeca Ferracini Lopes, de 17 anos fala da importância do Clube de Ciências na sua formação, “fazer parte do clube de ciências me incentivou a  dar passos grandes na minha vida, me motivou a estudar mais, já que depois da pandemia passei por dificuldades de aprendizado e graças ao clube criei coragem de melhorar meus estudos e aprender muito mais sobre a ciência, algo que não era muito valorizado nas escolas onde estudei”.

Heloísa Gonzatto Cavalcanti, de 16 anos, também está no segundo ano do ensino médio, ela menciona que o clube de ciências abriu portas na área de aprendizado, “comecei a ter muito mais interesse pelos estudos, principalmente nas áreas de exatas que é na qual nós fizemos nosso projeto, mas além disso, ele também me ajudou no estudo de todas as outras áreas, todas as outras matérias, comecei a pegar gosto pela educação e não a vejo mais como apenas uma obrigação, mas sim uma necessidade e interesse próprio”, menciona Heloísa.

Lesmasbusters

Atualmente dois projetos estão sendo desenvolvidos na EE Arlindo de Andrade Gomes, um deles é o “Lesmasbusters”, que tem como escopo elaborar um produto biodegradável de baixo custo, a base de barbatimão (Stryphnodendron adstringens) que tenha potencial moluscicida para controle de caramujos-africanos (Achatina fulica), espécie exótica invasora na região, projeto é orientado pela professora Windelly Lorraine e tem o coorientador professor Demerval Junior,

O projeto foi primeiro colocado na FECINTEC de 2022 e também primeiro lugar na FETEC-MS e foi indicado para representar Mato Grosso do Sul para Mostra Nacional de Feiras de Ciências, realizada em setembro em Brasília que reúne os melhores projetos científicos de cada estado do Brasil. Também foi convocado pelo Ministério de Ciências e Tecnologia, para Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontecerá em Brasília, representando Mato Grosso do Sul.

De acordo com a estudante pesquisadora Maria Eduarda Barbosa de Oliveira, a análise do extrato de barbatimão (Stryphnodendron adstringens), com o fim de controle de Achatina fulica, foi positiva pelos dados apresentados neste relatório. O trabalho ainda está com testes em andamento e análises prévias apontam para um elevado potencial com menores concentrações.

Fogo no Parquinho

Outro projeto de pesquisa é o “Fogo no Parquinho”, tem como escopo testar o método de queima controlada das sementes de Leocena “Leocaena leocephala”, como forma de inviabilizar as sementes, avaliar o efeito do fogo no banco de sementes, em diferentes profundidades, no processo de germinação de sementes da Leucaena. O projeto foi primeiro colocado na FECINTEC 2023 e está inscrito para FEBRACE, que acontece em março de 2024 em São Paulo.

Constatou-se na pesquisa que as sementes da leocena não apresentam resistência a altas temperaturas de fogo e a queima direta de suas sementes, fazendo assim, uma irrigação letal em seu crescimento de forma que a inviabilização foi satisfatória, impossibilitando a germinação com a queimada, “haverá oportunidade para expansão das demais plantas nativas“, afirma professor coorientador Demerval Junior.

“Nosso foco é popularizar o conhecimento científico, a importância do Clube de Ciências hoje é de produzir ciência na escola e os projetos estão sendo apresentados e aprimorados nas feiras e populariza o conhecimento que está dentro de nossa unidade escolar, na essência é o foco do nosso clube”, finaliza professora Wendilly Lorraine.

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