Dengue: Mortes já superam 2021, e casos seguem com alta incidência em 55 cidades de MS

Apenas duas cidades do Estado aparecem com ‘sinal verde’ em levantamento da dengue feito pela Secretaria de Saúde

CCZ intensifica trabalho de combate a focos do Aedes aegipty em Dourados – Foto: Assecom

O último boletim epidemiológico divulgado SES (Secretaria Estadual de Saúde) nesta semana aponta que Mato Grosso do Sul tem 23.056 casos prováveis de dengue, um aumento de 2,4% do último levantamento. Segundo o Midiamax, o número de cidades com maior incidência subiu para 55 e as com baixa incidência caíram para apenas duas, revelando a ampliação da área atingida pela doença nos municípios do Estado.

Conforme o boletim da SES, MS já registrou 20 mortes por dengue este ano, número que supera a quantidade de vítimas em 2021, 2018, 2017, 2016, 2015, 2014 e 2013. Perde apenas para 2020 quando 43 pessoas morreram de dengue e 2019 quando o número de óbitos chegou a 33. O último óbito registrado pela doença foi de uma bebê de oito meses.

A cidade com maior incidência é São Gabriel do Oeste, que tem população estima de 27,2 mil pessoas e a incidência é de 6.450,6. MS segue sendo o 10° estado do país com maior incidência da doença. Apenas duas cidades, sendo Selvíria e Anastácio, tem ‘sinal verde’ da dengue, ou seja, com incidência baixa.

Na última semana, ainda de acordo com o boletim, foram registrados 550 novos casos prováveis de dengue no Estado. Campo Grande é a cidade com maior número de casos, sendo 8.145 casos prováveis e 7.815 confirmados, mas o 27° em incidência da dengue, também considerada alta.

Morte de bebê

A última morte registrada em Mato Grosso do Sul por dengue é de um bebê de oito meses, que começou a apresentar sintomas no dia 10 de setembro e morreu duas semanas depois.

Após a morte, protocolo de investigação foi aberto pela SES, que confirmou a causa da morte no dia 13 de outubro. A menina morava com a família em Nioaque e não tinha nenhuma comorbidade relatada.

Sintomas da doença

Dengue é uma doença causada por vírus e transmitida, principalmente, pela picada de um mosquito da família Aedes, em especial o Aedes aegypti. As causas da dengue podem estar relacionadas à água parada, com desenvolvimento do mosquito. Por isso, as ações de conscientização da Saúde e fiscalização nas residências.

Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), existem sintomas clássicos da dengue, como dores nas articulações e olhos, fraqueza, dores de cabeça e febre, contudo o diagnóstico deve ser feito durante atendimento médico.

Operação ‘mosquito zero’ em Campo Grande

Lançada na quinta-feira (03), a primeira etapa da campanha Mosquito Zero irá se estender pelos próximos 10 dias na Região Segredo com ações de combate ao mosquito Aedes aegypti -transmissor da dengue, zika e chikungunya.  Mais de 300 pessoas estarão envolvidas na operação, que irá percorrer as sete regiões urbanas e distritos do Município.

O trabalho consiste na visita às casas pelos agentes de combate às endemias para detecção de focos, limpeza, orientação e conscientização da população sobre os riscos e consequências das doenças transmitidas pelo mosquito, além da vistoria de imóveis fechados e terrenos baldios, bem como a remoção de materiais inservíveis.

O coordenador da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), Vagner Ricardo Santos, explica que  durante as visitas, os agentes orientam os munícipes a seguirem os cuidados necessários, como nunca deixar ao ar livre qualquer recipiente propenso a acumular água, manter a limpeza de terrenos e quintais em dia, instalar telas nas janelas, colocar areia até a borda dos vasos de planta, manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo, acondicionar pneus em locais cobertos, limpar e trocar a água de bebedouros de animais, proteger ralos pouco usados com tela ou jogar água sanitária.

“É importante que a população colabore para que a gente possa ter sucesso no combate ao mosquito. Se cada um fizer a sua parte, com certeza iremos alcançar esse objetivo”, destacou o coordenador lembrando que 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti ainda são encontrados dentro das residências.

Em cada região serão instalados pontos para descarte de materiais inservíveis  de grande volume para que os moradores possam fazer o descarte de materiais inservíveis de grande volume, como sofás, geladeiras, televisores, entre outros móveis e eletrodomésticos.

Na Região Segredo os ponto  está localizado no Vida Nova, ao lado do Ecoponto, na Rua Gilson de Oliveira 219.

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