Mais de 2,5 mil casos de Covid-19 estão ligados aos jogos da Euro

Segundo ECDC, dados de contágios ainda são provisórios

Os casos foram detectados em 8 países diferentes – Foto: EPA

Em um relatório preliminar divulgado nesta segunda-feira (12), o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) já ligou diretamente 2.535 casos de Covid-19 às partidas da Eurocopa disputadas em 11 países.

“Hoje ainda não foram notificados novos casos, mas é muito cedo para fazer uma avaliação definitiva por conta do tempo, ou seja, das duas semanas que podem ocorrer entre a exposição ao vírus aos aparecimentos dos sintomas”, disse o órgão em nota à ANSA.

A maior parte das notificações ocorreu na Escócia (1.991), seguida pela Finlândia (481), Dinamarca (35 – incluindo cinco da variante Delta) e Alemanha (18). França, Suécia, Croácia e Países Baixos tiveram cinco ou menos casos ligados às partidas.

“Nós vimos notificações de que a variante Delta foi detectada em alguns espectadores que retornaram [aos seus países]. Até agora, as taxas de hospitalização permaneceram estáveis durante esse período, com exceção de São Petersburgo [Rússia], que teve um aumento detectado”, informou ainda o ECDC.

Antes do início da Eurocopa, em 10 de junho, o órgão emitiu uma recomendação para que fossem aumentados o monitoramento e as medidas de prevenção para os eventos “com potencial de ter aglomerações em massa”. E, desde o primeiro dia, o ECDC montou um esquema especial para as atividades de recolhimento de potenciais informações de casos positivos da competição.

No mês passado, um relatório do ECDC mostrou que, até o fim de agosto, a cepa Delta do coronavírus Sars-CoV-2 representará 90% de todas as variantes da Covid-19 que circulam na Europa. O Reino Unido, que sediou a final, atrela a forte alta de novos casos registrados em território britânico à mutação, que foi primeiramente detectada na Índia.

A final da competição, entre Inglaterra e Itália neste domingo (11), foi alvo de críticas da chefe da luta contra a pandemia de Covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria van Kerkhove. Para a epidemiologista, foi “devastador” ver tanta gente aglomerada e sem usar máscaras de proteção no Wembley.

Da AnsaFlash

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