Novo guia da CBF é aprovado, mas preocupação é aglomerações em volta de jogos

Despacho do Ministério da Saúde recomenda pacto com gestores locais para retorno do futebol e pede medidas para redução do risco de aglomeração com autoridades sanitárias locais

Três semanas depois da primeira manifestação do Ministério da Saúde sobre o protocolo médico para o retorno do futebol, o Secretário de Vigilância em Saúde apresentou novo parecer de aprovação – desta vez sem ressalvas – do documento elaborado pela CBF e distribuído a federações de todo o país.

O despacho assinado pelo Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, tem “parecer pela conformidade do Guia Médico apresentado” e considera que o documento da CBF pode servir de modelo para outras modalidades esportivas.

Em meio à elaboração do documento, que passaria pelo aval político de Brasília, houve duas trocas no Ministério da Saúde. Primeiro, Luiz Henrique Mandetta foi demitido. Depois, Nelson Teich pediu demissão do governo Jair Bolsonaro. Veja aqui o Despacho.

Entre os comentários do secretário, que ressalta as orientações da OMS e do próprio Ministério da Saúde, há recomendação de apresentação dos planos de trabalho pelos clubes aos gestores locais “para pactuação com os órgãos de saúde e segurança pública para definição dos melhores momentos de ocorrência da retomada dos campeonatos”.

O documento mostra preocupação com “o efeito da retomada das competições, sobretudo o risco de que aglomerações ocorram durante a realização das partidas com os portões fechados Para tanto, os clubes devem discutir medidas de redução do risco de aglomeração com as autoridades sanitárias locais.”

“Não cuspir no chão”

Sobre treinos e jogos, o despacho reforça que se deve “evitar contatos físicos antes e durante a realização dos treinos/partidas e não cuspir no chão em hipótese alguma.” Sobre treinos dos clubes, o despacho também recomenda “definição de equipe mínima de retorno as atividades, de forma a evitar aglomerações”. E observa: “a definição de equipe mínima deverá ser estabelecida pelos clubes, de acordo com seu plano de trabalho.”

O documento assinado pelo secretário do Ministério da Saúde tratou o novo documento como “pioneiro no Brasil de Plano de Retomada para área de esporte”. Tratou o futebol como “atividade esportiva que representa um fator de entretenimento fundamental no contexto da saúde”. E sinaliza que o texto do guia da CBF possa servir de referência para outras modalidades.

Do Globo Esporte

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