Inteligência artificial permite gestão correta da saúde e segurança nas empresas

Trabalho do Centro de Inovação do Sesi foi apresentado hoje na Feira do Empreendedor – Divulgação

Inteligência artificial pode parecer coisa de filme de ficção científica, mas já é uma realidade tão próxima das indústrias que, inclusive, pode ser usada para que empresas, de todos os portes e segmentos de atuação, façam a gestão correta da segurança do trabalho, o que, comprovadamente, reduz acidentes e torna o ambiente mais seguro para o trabalhador. É usando a inteligência artificial, por meio de um software de análise de vídeo e reconhecimento facial, que supermercados e frigoríficos, ou outras empresas com ambientes artificialmente climatizados, podem identificar qual trabalhador entrou neste local, por quanto tempo ele permaneceu e se ele portava todos os equipamentos de proteção individual necessário.

Se ele ficar na câmara por mais tempo do que o recomendado um alarme dispara e ele precisa sair imediatamente, para um intervalo. O mesmo vale para empresas de transporte: o software reconhece se o motorista está sonolento, dormindo ou mexendo no celular, e um sinal, que pode ser sonoro ou vibração, o adverte para que ele encoste o veículo ou deixe o aparelho de telefone de lado. São tecnologias que já existem e foram desenvolvidas pelo Centro de Inovação do Sesi de Mato Grosso do Sul, cujo papel é criar soluções para que as empresas possam, por meio de sistemas de gestão, reverter altos índices de absenteísmo e afastamentos por doenças ocupacionais ou acidentes de trabalho. O trabalho do Centro de Inovação foi apresentado nesta sexta-feira (17/08) durante a Feira do Empreendedor, realizada pelo Sebrae/MS.

Ferramentas

O gerente de Tecnologia em Saúde e Segurança do Trabalho do Centro, Ricardo Egídio, apresentou a palestra “Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho utilizando inteligência artificial a partir de análise de vídeo” e mostrou como ferramentas corretas de gestão contribuem para a redução dos acidentes de trabalho. “O Centro identifica problemas enfrentados pelas empresas e então desenvolve e apresenta soluções para que elas possam fazer a gestão correta da saúde e segurança e, munidos de uma série de informações, possam tomar decisões e adotar posturas corretas”, explicou.

No caso das câmaras frias, por exemplo, a ferramenta desenvolvida pelo Centro de Inovação do Sesi permite às empresas: identificar a utilização de EPIs, identificar e liberar o acesso a áreas de risco de acordo com as qualificações profissionais e permissões, prevenindo possíveis desvios de função, gerenciar pausas obrigatórias para atividades em ambientes artificialmente climatizados para recuperação psicofisiológica; gerenciar fatores de risco (ruído, temperatura, fumaça, gases tóxicos, etc.) monitorando quantidade e tempo de exposição, identificar incidentes, acidentes, ou situações de emergência que possam afetar  tanto os trabalhadores quanto o processo produtivo.

Centro de Inovação 

As pesquisas do Centro de Inovação são realizadas em Campo Grande para atender a indústria nacional desde 2016, mas, desde maio deste ano, ganharam um espaço físico, localizado na Avenida Afonso, entre as ruas 13 de junho e 25 de dezembro. O centro faz parte de um projeto nacional do Sesi para aumentar a segurança no ambiente de trabalho e melhorar a saúde do trabalhador da indústria por meio de soluções inovadoras.

Ao todo, foram criados oitos centros de inovação, todos voltados a desenvolver pesquisa aplicada e soluções em SST para que sejam replicadas por toda a indústria brasileira, tratando de temas estratégicos – Prevenção da Incapacidade (Bahia), Economia para a Saúde e Segurança (Ceará), Sistemas de Gestão em SST (Mato Grosso do Sul), Ergonomia (Minas Gerais), Longevidade e Produtividade (Paraná), Higiene Ocupacional (Rio de Janeiro), Fatores Psicossociais (Rio Grande do Sul) e Tecnologias para Saúde (Santa Catarina).

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