Pequenos produtores começam a aderir a projeto que insere a agricultura familiar de MS no mercado de créditos de carbono

Reunião na sexta-feira (19) avaliou o andamento do projeto Agroflorestar MS Carbono Neutro – Foto: Afranio Pissini/Semadesc

A Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), a APOMS (Associação dos Produtores de Orgânicos do Mato Grosso do Sul), Cooperapoms (Cooperativa de Produtores Orgânicos de Mato Grosso do Sul) e a Acorn/Rabobank reuniram-se nesta sexta-feira (19) para avaliarem o andamento do projeto Agroflorestar MS Carbono Neutro, parceria entre o poder público em Mato Grosso do Sul e a iniciativa privada para a inserção da agricultura familiar sul-mato-grossense no mercado de créditos de carbono.

Participaram da reunião, de forma presencial, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc; o presidente da APOMS, Olácio Komori e o coordenador de Apoio à Inclusão Sanitária, Agroindústria e Certificação da Produção Familiar, David Lourenço, da SEAF/Semadesc (Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, de Povos Originários e Comunidades Tradicionais), além de representantes da Acorn/Rabobank, por meio de videoconferência.

O secretário Jaime Verruck lembrou que o Agroflorestar MS, formalizado em dezembro de 2023, é um projeto inovador e inédito no Brasil, propondo um novo modelo de negócio agropecuário para a agricultura familiar. “Nós fizemos uma avaliação do Agroflorestar MS Carbono Neutro, que é o primeiro projeto de desenvolvimento de crédito carbono para a agricultura familiar em sistemas florestais. Nós temos uma meta bastante audaciosa, mas já APOMS, com o trabalho dela, já conseguiu a adesão de 35 produtores em Mato Grosso do Sul”, informou.

O projeto visa incluir 800 pequenos produtores rurais para implementarem 2,5 hectares de agrofloresta cada, totalizando 2.000 hectares em agrofloresta em até 4 anos. O diferencial do projeto é o pagamento pelo crédito de carbono da agrofloresta, o que é possível por meio de plataforma desenvolvida pela Rabobank Acorn que envolve desde a medição do crescimento da biomassa via tecnologia de sensoriamento remoto e a subsequente comercialização do crédito de carbono à sua rede de clientes internacionais.

“Os produtores são avaliados pela Acorn, mas o projeto já está implantado. Temos até setembro para avançar na estruturação da melhoria da adesão. Agora, a Semadesc, juntamente com a Agraer, vai focar na assistência técnica para ampliar esse processo de adesão de novos produtores. Esse é um projeto importante dentro do Estado Carbono Neutro e que visa exatamente conseguirmos levar essas metodologias para a agricultura familiar”, finalizou Jaime Verruck.

O programa foi apresentado pelo secretário-executivo de Agricultura Familiar, da Semadesc, Humberto Mello que destacou que o programa prevê um desenho da agrofloresta, com arranjo de espécies nativas do Cerrado, como o Cumaru e o Jatobá consorciada com espécies frutíferas. “As entidades de pesquisa e universidades e a Cresol abraçaram este projeto. A meta é de iniciemos 2024 com este projeto já em andamento”, citou.

Além do Governo do Estado, Acorn/Rabobank, Rabo Foundation, o projeto tem como realizadores a Cooperapoms e apoio da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Cresol Centro-Sul.

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