ISI Biomassa, UFRJ e ExxonMobil Brasil desenvolvem nova rota tecnológica para produção de biocombustível

O ISI Biomassa – Divulgação/ISI

Tecnologias mais eficientes, econômicas e acessíveis estão entre os grandes desafios da transição energética. Fazer com que o uso de energias renováveis se torne rotina, no entanto, exige muitos testes e pesquisas. O projeto firmado entre o (Instituto Senai de Inovação em Biomassa (ISI Biomassa), localizado em Três Lagoas, o Laboratório de Intensificação de Processos e Catálise da UFRJ (LIPCAT) e a ExxonMobil Brasil busca desenvolver uma nova rota tecnológica para viabilizar a produção de biocombustíveis.

O projeto é fruto de um acordo de cooperação técnica firmado entre o Senai Nacional e a ExxonMobil Exploração Brasil, em 2023, para a execução de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) entre a empresa e Institutos Senai de Inovação credenciados na ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

De acordo com o gerente de Gestão e Negócios do ISI Biomassa, João Gabriel Marini, a empresa se soma à lista de apoiadores reconhecidos e de grande porte da instituição. “É uma honra sermos reconhecidos por uma gigante mundial do setor de O&G, ainda mais por sermos um dos primeiros institutos Institutos de Pesquisa brasileiro em firmar um projeto de pesquisa com a ExxonMobil Brasil. E o mais importante é saber que empresas deste porte estão engajadas na busca de alternativas sustentáveis para nosso planeta”, destacou.

O projeto “LignoOil Thermoprocess – Desenvolvimento de rota tecnológica para a produção de bio-óleo pirolítico hidrotratado a partir de biomassas e ligninas” tem como objetivo estudar, desenvolver, otimizar e validar uma nova forma de obter matéria-prima para produção de biocombustíveis.

De acordo com o pesquisador ISI Biomassa responsável pelo projeto, Paulo Renato, os processos químicos utilizados na transformação de biomassas e resíduos, como a pirólise rápida, liquefação hidrotermal e hidrotratamento catalítico, são consolidados e já empregados em diferentes tipos de materiais. “O uso dessas tecnologias integradas, no entanto, ainda é inexplorado e requer um estudo aprofundado”, explicou.

A vantagem do novo experimento está justamente no uso sustentável de material renovável e diversificado, como as biomassas, que consistem em matéria orgânica animal ou vegetal, para obtenção de bio-óleo hidrotratado com potencial de serem empregados em processos de refino tradicionais de geração de combustíveis renováveis.

O experimento visa a obtenção de óleos a partir de biomassa lignocelulósica e lignina.  A lignina, um dos componentes da biomassa, é uma estrutura que integra as paredes vegetais e tem grande potencial energético para produção de óleos e carvão.

Conforme o pesquisador, o desenvolvimento de combustíveis verdes tem benefícios que vão desde a inserção no mercado de produtos do tipo, com selo renovável e de caráter de carbono neutro, até a diversificação de matéria-prima gerando ganhos econômico e ambiental.

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