Dia Nacional de Combate e Prevenção à hanseniase: Cassems faz alerta sobre a enfermidade

Antigamente conhecida como lepra, a doença é causada por infecção com a bactéria Mycobacterium leprae

O dia 31 de janeiro fecha o primeiro mês do ano, mas também traz a conscientização sobre uma doença infecciosa que já foi rondada por muitos mitos. A hanseníase é uma patologia bacteriana e contagiosa que afeta a pele e os nervos periféricos, causando lesões neurais nas vítimas. A transmissão acontece por meio de vias aéreas, em secreções nasais, gotículas da fala, tosse e espirro de indivíduos que ainda não foram tratados. Ao receber a medicação apropriada, o paciente deixa de transmitir a enfermidade, cujo período de incubação pode levar de três a cinco anos.

O dermatologista Guilherme Bittner, que atua na Cassems, afirma que a hanseníase não tem cura. “Mesmo não havendo uma cura, é importante realizar o tratamento, para que as vítimas não transmitam a doença. Se não tratada, ela pode deixar sequelas”.

Conforme explica Bittner, a transmissão se dá por meio da convivência próxima e prolongada com a pessoa doente. “Apenas pessoas que estão infectadas e não realizam tratamento podem transmitir, em atividades como dormir ou morar juntos. Tocar a pele do paciente não transmite a doença e parte da população já possui a defesa natural. A maneira como a hanseníase se manifesta pode variar, de acordo com a genética de cada um”.

Ao contrário de alguns mitos que fomentam a desinformação sobre a hanseníase, o dermatologista salienta que não é necessário isolar quem possui essa doença. “O mais importante é entender que, após a primeira dose do tratamento, a doença já não é mais transmitida. Por isso, o tratamento precoce é muito importante”.

De acordo com Bittner, a hanseníase inicia-se, em geral, na pele. “Os primeiros sintomas podem ser manchas brancas, vermelhas ou marrons em qualquer parte do corpo. Com alteração de sensibilidade à dor, ao tato, ao quente e ao frio. Podem aparecer também áreas dormentes, especialmente nas extremidades, como mãos, pernas, córneas, além de caroços, nódulos na pele e entupimento nasal”.

Para o médico, a melhor forma de prevenção é o diagnóstico precoce e tratamento adequado. “O exame clínico e a indicação e vacina BCG podem melhorar a resposta imunológica dos contatos do paciente. Assim, a cadeia de transmissão da hanseníase pode ser interrompida”.

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