A Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizou nesta sexta-feira (2), a 2ª Reunião Ordinária do Comitê de Monitoramento de Eventos e de Saúde em Desastres de Mato Grosso do Sul – composto pela equipe técnica da SES/MS e diversas entidades – com a finalidade de estar preparado quanto a eventuais surgimentos de possíveis eventos ligados a saúde ou a desastres no Estado.
Segundo o assessor militar na SES/MS, coronel Marcello Fraiha, o Comitê de Monitoramento de Eventos e de Saúde em Desastres de Mato Grosso do Sul é considerado estratégico para o Estado. “É um grupo que possui grande expressão e a partir dele conseguimos gerenciar várias questões que envolvem a saúde e eventuais desastres que possam ocorrer no Estado”.
“Funciona desta forma, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) monitora pela internet as redes sociais e notícias publicadas pela imprensa, fatos que possam causar impactos relacionados a saúde na população. Esses fatos são avaliados por este comitê realizado por meio das equipes técnicas, a partir de então, eles podem ser descartados ou caso se confirmem, são realizadas o monitoramento e planejamento de ações para tomada de providências e decisões”, explica Fraiha.
“Recentemente nós recebemos um relato que macacos estavam sendo apedrejados por moradores de um município do Estado, por associar os primatas à Monkeypox (Varíola dos Macacos). Nós sabemos que apesar do nome a doença não tem ligação com esses animais e que eles são tão vítimas quanto nós seres humanos. Então, foi discutido com este grupo, medidas que possam evitar esse tipo ação contra esses animais”, esclarece a diretora de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho.
O coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica da SES, Karyston Adriel explica que esse trabalho de monitoramento foi iniciado neste ano. “Nós temos uma média de 140 a 150 eventos (rumores) que são avaliados mensalmente pelo Comitê para que a gente possa definir as prioridades. Analisamos o que deixa de ser apenas um rumor e que passa a ser de fato um evento importante, onde a gente vá atuar tanto com saúde pública contando o auxílio das outras entidades envolvidas. Então, essa é a importância, a gente trabalhar com a identificação dos casos o mais rápido possível, avaliar a veracidade destes eventos e então propor medidas de controle destes eventos.
Outro ponto debatido com a equipe técnica do Comitê está relacionado as queimadas do Pantanal, sobre de que maneira, isto pode atingir a saúde da população. “Nós precisamos saber, por isso, a Defesa Civil do Estado participa deste grupo, saber se nós teremos cheias ou se vamos ter um período de seca, justamente, para a gente propor ações eficazes ligadas a Saúde Ambiental para aquela região”, pontua Adriel.
Na ocasião foram discutidas outras pautas como: a criação do Plano Estadual de Vigilância em Saúde das Populações Expostas nas queimadas de 2022; atuação da Defesa Civil e ações realizadas nos anos de 2021 e 2022; Covid-19, Dengue, Vigilância Baseada em Evento, Principais Rumores existentes nas redes sociais ligados à saúde e o aumento de casos de Monkeypox Vírus e de casos de estupros na Capital.
