Brasil tem uma das piores taxas de Ensino Superior do mundo, diz OCDE

Apenas 21% dos brasileiros entre 25 e 34 anos têm Ensino Superior completo

O estudo “Education at a Glance”, publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostrou que o Brasil é um dos países com os índices mais baixos de pessoas com Ensino Superior completo. De acordo com ele, apenas 21% dos brasileiros com idade entre 25 e 34 anos já concluíram algum curso de graduação. A média entre os demais países participantes foi de 44%.

O levantamento foi realizado com 46 nações membros da organização e com as federações parceiras. Ele traz comparações internacionais sobre estrutura, finanças e desempenhos de sistemas educacionais dos países analisados.

A distância entre os números brasileiros e os dos demais países fica ainda mais distante quando os níveis mais altos de instrução, como mestrado e doutorado, são mencionados. Nestes casos, cerca de 0,8% das pessoas de 25 a 64 anos são mestres, o que é 16 vezes menor do que a média das outras nações, quando 13% das pessoas nessa faixa etária possuem o título.

No entanto, a OCDE ressalta que as durações de bacharelados disponíveis no Brasil e os que são ministrados em países ricos é diferente. A duração dos cursos brasileiros tende a ser maior do que os equivalentes na Europa, onde é possível concluir a graduação e o mestrado em cinco anos, e na América do Norte.

A taxa de conclusão do doutorado é de 0,2% entre a mesma faixa etária. Das 35 nações que disponibilizam dados sobre essas categorias, o Brasil ficou entre os três piores, junto com a China e a Arábia Saudita. A Indonésia possui o mesmo percentual que o brasileiro. Países próximos como Chile, México e Costa Rica mostram índices melhores.

A oferta dessas modalidades é feita de forma majoritária pelas universidades públicas, com cerca de 80%. Ainda assim, em 2019, cortes de 30% na verba discricionária dos Institutos Federais e o desmonte dos investimentos em pesquisas voltadas à Ciência e Tecnologia foram anunciados. Depois de uma série de manifestações populares, parte do orçamento foi reintegrado.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que o ensino privado é a prioridade do governo para a expansão de vagas. O setor representa 75% das matrículas feitas, o que diz respeito ao oposto do que ocorre nos demais países, em que menos de um terço dos estudantes está concentrado nas universidades privadas.

Alternativas para a graduação

O ensino a distância está em expansão no país e é considerado uma alternativa para as pessoas que não possuem tempo disponível exclusivamente para a graduação. Sendo assim, é possível estudar onde e como estiver, sem a necessidade de ir ao campus em horários e dias determinados. A modalidade também é reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).

Segundo o Censo do Ensino Superior, pesquisa realizada Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), foram 7.170.567 vagas remotas contra 6.358.534 vagas locais em 2018. Essa foi a primeira vez que a oferta foi maior em cursos de ensino a distância do que na forma presencial.

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