A Copa do Mundo do Qatar começará no Oriente Médio em pouco mais de dois meses, com os anfitriões dando o pontapé inicial contra o Equador sul-americano no Estádio Al Bayt, no dia 20 de novembro. Mas como o maior festival de futebol se aproxima rapidamente, escolher o vencedor geral não parece ser uma façanha fácil.
O Brasil, pentacampeão mundial, é o pequeno favorito nas apostas online na Betfair em 5/1, mas há muito pouco para separar a Seleção de toda uma série de outras nações que estarão ansiosas para colocar as mãos no prestigioso troféu – incluindo a atual campeã França (11/2), Inglaterra (13/2), Argentina (13/2), Espanha (15/2) e Alemanha (9/1).
A forma e o ímpeto poderiam, portanto, ser fundamentais ao nos encaminharmos para as águas não testadas de uma Copa do Mundo de verão – e enquanto o Brasil navegou pelas eliminatórias da CONMEBOL invicto, o mesmo aconteceu com seus arquiinimigos Argentina. No entanto, ainda há uma sensação de que os homens de Lionel Scaloni estão sendo um pouco negligenciados pelos apostadores, pelos especialistas e pelo mercado de apostas.
De fato, as chances da Albiceleste parecem estar diminuindo à medida que a Copa do Mundo começa a surgir no horizonte. A Argentina estava muito distante de 10/1 no início do ano, mas suas chances atuais de 13/2 são sem dúvida um reflexo mais justo das chances da equipe no Oriente Médio e eles se dirigem ao Qatar em uma corrida invicta que se estendeu por mais de 30 jogos – incluindo a vitória sobre o Brasil na final da Copa América e sobre a Itália na Finalissima em Wembley neste inverno.
É claro que ainda no inverno passado testemunhamos o time de Roberto Mancini se classificar para o Campeonato Europeu em uma série similar de vitórias – e o que a Itália fez? Derrotou a Inglaterra de Gareth Southgate em seu próprio quintal para conquistar seu primeiro título em Euros desde que derrotou a Iugoslávia em uma repetição em Roma, em apenas a terceira renovação da competição, em 1968.
Quem pode dizer que a Argentina não pode alcançar um feito semelhante na Copa do Mundo no Qatar? Scaloni certamente tem o plantel à sua disposição para conseguir o primeiro triunfo do país na Copa do Mundo desde que o lendário Diego Maradona capitaneou a seleção até a glória no México 1986 e com esta provavelmente a última aparição de Lionel Messi no cenário mundial, a Argentina tem um incentivo adicional.
A Argentina também não foi entregue ao pior grupo possível, com sua partida de abertura contra a Arábia Saudita, 53ª colocada, antes de enfrentar adversários ainda mais fortes, como o México (12º) e a Polônia (26º). Ainda assim, eles devem liderar com facilidade o Grupo C antes de enfrentarem o segundo colocado do Grupo D nas oitavas de final – que parece provável que seja a Dinamarca, semifinalista da Eurocopa.
De fato, os dinamarqueses causaram um certo alvoroço para chegar aos quatro últimos euros, mas a Argentina deve se mostrar muito difícil de lidar para o lado de Kasper Hjulmand caso chegue a isso. As semifinais poderiam lançar o maior desafio da Argentina até agora, com um confronto contra seus rivais e o Brasil nº 1 mundial uma possibilidade real.
A Albiceleste está invicta em suas três últimas partidas contra o Brasil, portanto, certamente se sentirá confiante caso se enfrente no Lusail de 80.000 lugares. Então, é na final que tudo pode acontecer.
Não será tão simples para a Argentina como talvez tenhamos feito parecer, afinal de contas, esta é uma Copa do Mundo. Mas parece que eles estão finalmente começando a corresponder às suas expectativas na era Messi depois de anos de tentativas, e um triunfo na Copa do Mundo seria a maneira perfeita de recompensar o jogador de 35 anos por seus serviços ao seu país e ao jogo ao longo dos últimos anos, mesmo que muitos anos.
