Webinar do ISI Biomassa destaca importância de ciência e tecnologia no combate à Covid-19

Webinar foi na noite dessa quinta-feira,25 – Assessoria

Com o tema “Soluções inovadoras para enfrentamento da Covid-19 e cenário pós-pandemia”, o ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa), localizado em Três Lagoas (MS), promoveu na noite dessa quinta-feira (25/03) webinar que destacou a importância da ciência e tecnologia para o desenvolvimento social e reuniu representantes dos Institutos Senai de Inovação de todo o país que apresentaram um balanço de todas as pesquisas e ações realizadas no combate à pandemia do novo coronavírus.

O gerente-executivo de inovação e tecnologia do Senai Nacional, Marcelo Prin, ressaltou o papel da instituição no desenvolvimento de pesquisas e trabalhos para auxiliar no combate à Covid-19. “Em março do ano passado o Senai lançou um chamado de 30 milhões de reais, para os buscar nos Institutos Senai de Inovação quais eram as ideias os diálogos que estavam sendo feitos com a indústria e transformar essas ideias em projetos. Nós financiamos trinta e quatro projetos, na Rede Senai, em parceria com empresas, universidade. E o desafio era conseguir soluções em menos de 45 dias”, explicou Marcelo Prin.

O diretor regional do Senai de Mato Grosso do Sul, Rodolpho Caesar Mangialardo, que também participou do encontro online, apresentou os resultados dos trabalhos desenvolvidos pela instituição durante a pandemia, como a doação de 18 mil litros de álcool, a doação de 500 mil máscaras, e desenvolvimento de um laboratório de análise de testes da Covid-19 em Três Lagoas, com capacidade para processamento de 800 testes por dia.

“O Senai é hoje a maior instituição da América Latina e a 5ª maior do mundo em qualificação profissional e inovação em tecnologia, são 810 unidades em todo o país e temos que olhar para esse momento com gratidão, fazendo um balanço de quantas vidas ajudamos a salvar nesse um  ano de pandemia que estamos vivendo no pais”, destacou o diretor regional.

Entre os projetos financiados pelo Senai Nacional e desenvolvidos pelo ISI Biomassa destacam-se o estudo para encontrar 16 novas formulações de álcool em gel, que no início na pandemia chegou a faltar em muitas cidades do país, causada pela escassez de insumo para a produção, e a realização de testes de Covid-19 para trabalhadores da indústria e também para a população em geral.

A representante do ISI Eletroquímica, localizado em Curitiba (PR), Camila Peverari, destacou os projetos desenvolvidos no Estado do Paraná, como máscaras biodegradáveis, um spray desinfetante e um sensor colorimétrico e eletroquímico capaz de detectar anticorpos e de uma proteína do coronavírus, ajudando no diagnóstico da doença. “A partir do quarto dia de sintomas já conseguimos detectar anticorpos no paciente com suspeita, o que ajudam muito no diagnóstico da doença. Além disso, esses sensores foram produzidos de forma muito compacta o que facilita no transporte e utilização”, explicou a pesquisadora.

Outro destaque foi a abertura de 40 postos de manutenção de respiradores, criados pelas unidades do Senai em vários pontos do país. De maneira gratuita e voluntária, profissionais do Senai, da indústria e de universidades se uniram nesse trabalho e juntos devolveram para o sistema de saúde do país mais de 2.500 respiradores para serem usados nos hospitais, no atendimento a vítimas da Covid-19.

Durante a live também foram destacados trabalhos que ainda estão em andamento e que em breve devem ser apresentados para a sociedade, como uma pesquisa que usa um composto da macaúba para produção de um sanitizador, e um com uso de compostos naturais que combate o coronavírus.

O pesquisador e diretor de operações da empresa Ecra Biotec, de Campinas (SP), Fabío Raya destacou o longo caminho que a ciência e tecnologia tem pela frente no combate à doença e de que maneira a pandemia mudou a visão dos brasileiros sobre a importância de investir em pesquisas. “O Brasil nunca mais será o mesmo depois dessa pandemia. Tudo que aprendemos, o quanto as tecnologias evoluíram, os laboratórios e as plataformas desenvolvidas para as pesquisas da Covid, vão poder ser usadas no diagnóstico de outras doenças também e atender as demandas que vão surgindo”, finalizou.

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