Um dos maiores desafios de 2024, por Wilson Aquino

Wilson Aquino é jornalista e professor – Divulgação

O Brasil, com sua vastidão territorial e inúmeras riquezas, naturais e fruto do trabalho de um povo aguerrido, paradoxalmente enfrenta desafios persistentes que o mantêm em um estado de subdesenvolvimento. A indagação frequente sobre o porquê de um país tão abençoado em recursos abundantes e ainda conviver com a pobreza e a desigualdade social, é uma reflexão que precisa ser abordada de maneira mais profunda.

A disparidade entre a riqueza potencial do Brasil e a realidade de muitos de seus cidadãos vivendo em condições precárias, destaca a existência de problemas estruturais e sistêmicos. A falta de acesso a serviços básicos como água tratada, energia elétrica, educação e saúde de qualidade e estradas funcionais evidenciam as lacunas que persistem no desenvolvimento do país. Mesmo sendo um celeiro global, alimentando diversas nações, a realidade é que a fome persiste em muitos lares de famílias brasileiras.

Uma análise criteriosa nos leva à conclusão de que, em grande medida, a responsabilidade por esse cenário lamentável recai sobre o próprio povo, na sua má escolha de seus representantes políticos. A ausência de uma fiscalização efetiva e de uma cobrança rigorosa por parte da população permite que muitos políticos atuem de maneira descomprometida com o bem-estar coletivo.

Esses representantes, nas esferas do poder democrático, na maioria das vezes priorizam seus interesses pessoais e partidários em detrimento do povo que deveriam representar. A falta de responsabilização por suas ações cria um ciclo vicioso em que promessas eleitorais são esquecidas assim que o poder é conquistado.

É deplorável que, mesmo diante de escândalos de corrupção que abalam a nação, os mesmos políticos corruptos, ladrões, que acumulam dinheiro em cuecas, malas, apartamentos, sítios etc. sejam reeleitos. Esse fenômeno reflete a apatia de uma população que, por vezes, parece resignada diante da má gestão e da corrupção sistêmica. A necessidade urgente de uma mudança de mentalidade é evidente, especialmente à luz das eleições que se aproximam em 2024.

O ano novo oferece uma oportunidade crucial para os cidadãos brasileiros exercerem seu poder nas urnas de maneira consciente e informada. A escolha criteriosa de líderes comprometidos com o bem comum deve ser acompanhada por uma vigilância constante sobre suas ações. A participação ativa da sociedade é fundamental para garantir que aqueles que não cumprem suas promessas e responsabilidades sejam afastados do poder de maneira definitiva.

A mudança, tão almejada, começa com a conscientização individual de cada cidadão. É imperativo que a sociedade se organize, exigindo transparência, responsabilidade e eficiência de seus representantes. A avaliação constante do desempenho dos políticos, aliada a uma postura firme e atuante, é o caminho para criar uma cultura política mais saudável e ética.

O Brasil tem potencial para se tornar um país melhor, mas essa transformação depende da ação coletiva e da escolha criteriosa de seus governantes. Em 2024, é hora de romper com a inércia e conduzir o país em direção a um futuro mais promissor, onde a corrupção não seja tolerada, as punições sejam céleres e justas e a riqueza nacional seja preservada para o benefício de todos os brasileiros. Basta de desvio do dinheiro público.

O desafio que se impõe não é apenas uma mudança de atitude durante as eleições, mas sim um comprometimento contínuo com a vigilância cívica. É vital que a população não se esqueça de seu poder após o processo eleitoral. A construção de uma nação mais justa e ética demanda um engajamento perene, uma cultura de responsabilidade coletiva que transcenda os ciclos eleitorais.

Além disso, é preciso destacar a importância da educação política. Capacitar os cidadãos desde cedo, no lar, nas escolas e na sociedade, sobre seus direitos, o funcionamento do sistema político e a importância do voto consciente é uma estratégia fundamental para fortalecer as bases da democracia. Uma população informada, engajada e alicerçada nos bons princípios morais e espirituais, com Deus acima de tudo e de todos, é a base para a consolidação de uma nação mais justa e próspera.

Por fim, é necessário ressaltar que a mudança desejada não se restringe apenas aos cargos políticos mais visíveis. A atenção e a exigência por transparência devem alcançar todos os níveis do poder público, desde os órgãos (legislativo, executivo e judiciário) municipais até as esferas federais (principalmente). A fiscalização constante e a responsabilização efetiva dos gestores em todos os âmbitos são pilares essenciais para uma transformação genuína e duradoura no panorama político do país. Que 2024 seja um marco na luta anticorrupção no poder público, com o levante de um povo guerreiro, consciente, preparado e determinado a construir um Brasil melhor. Com as bênçãos de Deus!

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