Produção industrial brasileira fecha 2021 com crescimento em 9 dos 15 locais pesquisados

A produção industrial apresentou expansão em 10 de 15 locais na passagem de novembro para dezembro, aponta a Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), divulgada hoje (09) pelo IBGE. Com o resultado do último mês do ano, 2021 fecha com crescimento em 9 dos 15 locais.

“O ano de 2021 fechou no positivo, mas foi volátil durante os meses. No primeiro semestre a trajetória foi mais crescente, e o ganho acumulado chegou a ser de 13%. Mas, no segundo semestre, houve perda de fôlego e a produção teve sequência de quedas”, explica Bernardo Almeida, gerente da pesquisa.

Os destaques do ano ficaram para os resultados de Santa Catarina (10,3%), Minas Gerais (9,8%) e Paraná (9,0%), os primeiros em crescimento absoluto, além de São Paulo (5,2%), a maior influência na expansão apresentada em 2021, muito graças ao tamanho e ao peso do parque industrial paulista. Onze das 18 atividades da indústria paulista cresceram no ano, com destaque para o setor de veículos, onde caminhões, automóveis e caminhão-trator para reboques tiveram os aumentos mais relevantes. “O setor de máquinas e equipamentos, com aumento na produção de escavadeiras, rolamentos para equipamentos industriais e carregadoras-transportadoras, também contribuiu”, pondera Almeida.

No estado catarinense, o setor de vestuário impulsionou o crescimento, com aumento na produção de camisas e blusas femininas de malha e na produção de vestido de malha. A metalurgia também colaborou, com alta em artefatos e peças de ferro fundido.

O setor metalúrgico também contribuiu em Minas Gerais, segunda influência positiva nacional. A metalurgia mineira apresentou houve aumento na produção de ferronióbio e na siderurgia. O setor extrativo também foi relevante para a indústria mineira em 2021, com maior produção de minério de ferro, mas a principal influência foi mesmo o setor de veículos, onde caminhão-trator para reboques e veículos para transportes de mercadorias impulsionaram a produção da atividade.

Já o Paraná teve a terceira maior expansão no absoluto e foi também a terceira maior influência no resultado anual nacional. Puxado pelo setor de máquinas e equipamentos, a indústria paranaense teve aumento na produção de máquina para colheita e nos tratores agrícolas. Também o setor de veículos, com aumento na produção de caminhão trator para reboques e caminhões e automóveis, auxiliou no aumento no estado.

Rio Grande do Sul (8,8%), Amazonas (6,4%), Espírito Santo (4,9%) e Rio de Janeiro (4,0%) também registraram taxas positivas maiores do que a média nacional (3,9%), enquanto Ceará (3,7%) completou o conjunto de locais com avanço na produção no índice acumulado no ano.

Por outro lado, a Bahia (-13,2%) apontou o recuo mais elevado no índice acumulado do ano. “Efeito direto da saída de uma montadora de veículos do estado, em janeiro do ano passado, o que afetou o ano inteiro”, detalha o analista da pesquisa. O setor de derivados do petróleo também pressionou negativamente o resultado da indústria baiana, onde houve queda na produção de óleos combustíveis, óleo diesel, naftas para petroquímicas, parafina e querosene.

Região Nordeste (-6,2%), Goiás (-4,0%), Pará (-3,7%), Mato Grosso (-1,0%) e Pernambuco (-0,4%) mostraram as demais taxas negativas no indicador acumulado do período janeiro-dezembro de 2021.

Quando comparamos novembro com dezembro de 2021, dos dez locais com taxas positivas, o destaque é para as expansões no Amazonas (14,0%), Goiás (8,8%) e Paraná (7,6%), que reverteram as perdas observadas no mês anterior de -2,1%, -1,6 e -0,2%, respectivamente.

Mato Grosso (4,6%), Espírito Santo (4,6%), São Paulo (3,8%) e Minas Gerais (3,4%) também registraram avanços mais intensos do que a média nacional no mês, enquanto Rio de Janeiro (2,0%), Bahia (2,0%) e Região Nordeste (1,0%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em dezembro de 2021. Por outro lado, Santa Catarina (-2,7%) e Rio Grande do Sul (-2,1%) apontaram os recuos mais elevados nesse mês. Pará (-1,7%) e Ceará (-1,0%) assinalaram as demais taxas negativas em dezembro de 2021, enquanto Pernambuco (0,0%) mostrou variação nula e permaneceu, dessa forma, no mesmo patamar do mês anterior.

Em relação a dezembro de 2020, dez locais apresentam queda

Quando se observa o confronto entre dezembro de 2021 e dezembro de 2020, a produção industrial nacional mostrou redução de 5%, com dez dos 15 locais pesquisados com taxas negativas.

Ceará (-20,9%), Região Nordeste (-10,9%), Bahia (-10,5%) e Santa Catarina (-10,1%) assinalaram os maiores recuos, na casa dos dois dígitos. Pará (-8,9%) e São Paulo (-5,6%) também tiveram taxas negativas maiores do que a média nacional. Completam a lista de locais com índices negativos na comparação: Pernambuco (-4,6%), Rio Grande do Sul (-4,1%), Espírito Santo (-1,0%) e Minas Gerais (-0,3%).

Pelo lado dos crescimentos, Mato Grosso, com alta de 23,1%, apontou o mais elevado. Goiás (8,3%), Rio de Janeiro (6,5%), Amazonas (2,3%) e Paraná (2,2%) apresentaram os demais resultados positivos nesse mês.

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