Palestra para corpo docente da UNIGRAN retrata os desafios do Ensino Superior para 2022

Gustavo Hoffmann, especialista em Educação, ministrou palestra aos professores da Instituição – Divulgação

Ao dar início ao ano letivo, a UNIGRAN realizou uma palestra ministrada pelo professor Gustavo Hoffmann, sobre ‘Os desafios do Ensino Superior para 2022’, direcionada ao corpo docente. Em um momento interativo, o palestrante apontou novos modelos educacionais.

Há mais de seis anos a Instituição traz profissionais qualificados para capacitação e atualização de seus professores. A Reitora da UNIGRAN, Rosa Maria D’Amato De Déa, afirma que as metodologias ativas são, atualmente, o que há de mais importante para evolução da aprendizagem dos alunos. “O aluno, que é imediatista, não tem paciência de ficar duas, três horas só ouvindo, e, com o professor atuando com as metodologias ativas, o aluno vai aprender e ele não vai esquecer mais, ele vai poder aplicar isso em outras atividades, inclusive na sua vida, em sua rotina no dia a dia de trabalho”, enfatizou.

Em sua palestra, Hoffmann citou três elementos que estão mudando o Ensino Superior: Ensino Híbrido, Sala de Aula Invertida e Ensino Just in Time, com a proposta de abordar as metodologias ativas na prática. O especialista em Educação garantiu que “há uma necessidade do Ensino Superior entender melhor as demandas e as competências do setor produtivo, do mundo real, do mercado de trabalho, e trazer essas competências para seus currículos e para suas metodologias”.

E como fazer isso? O professor explicou que existem elementos que estão transformando o Ensino Superior no mundo inteiro e no Brasil. “Primeiro, o ensino híbrido em sala de aula invertida, ou seja, tem que trazer mais tecnologia educacional para o ensino presencial. A educação a distância pode ser a distância, mas não pode ser distante, o aluno tem que estar mais engajado, então trazer mais interatividade, mais presencialidade”, mencionou.

Segundo ponto destacado foi “menos ensino mais aprendizagem, menos tempo do aluno sentado na carteira ouvir um professor falar e mais mão na massa e resolução de problemas, metodologias ativas, entre outros”. Para Hoffmann, a tecnologia é “superimportante no modelo educacional”, mas é um meio e não um fim. “Muita gente acha que a tecnologia vai resolver, não é, ensino o currículo por competências. É fundamental que a gente traga essas competências do setor produtivo, do mundo real, para dentro dos nossos currículos e, por fim, a gente tem que aprender a avaliar de uma forma que não puna os alunos”, disse.

Gustavo Hoffmann já atuou em diferentes países, como Singapura, Finlândia, Coreia do Sul, Dinamarca, Estados Unidos e México, entre outros. Em uma comparação, ele lamenta que “o Brasil está bem atrasado em relação a alguns países asiáticos, europeus e Estados Unidos, que estão muito à nossa frente no que diz respeito à inovação educacional”. Contudo, na América Latina, o especialista ressaltou que, por mais que o Chile seja um modelo a ser utilizado como referência, o Brasil ainda é, na América Latina, uma grande referência de inovação educacional. “Falta muito para avançar, mas a gente está no caminho. A pandemia [de Covid-19] deu um empurrão da nossa inércia do ‘está tudo cômodo, não precisa mudar, não precisa usar tecnologias’. Mas ganhamos bastante velocidade na direção de um futuro que seja inovador diferente do que a gente fez até hoje”, finalizou.

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