Ex-presidente da Catalunha é detido na Alemanha

Carles Puigdemont, acusado de rebelião, ia de carro à Bélgica – Foto: Epa

O ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, foi detido pela polícia da Alemanha neste domingo (25), pouco depois de ter cruzado a fronteira com a Dinamarca. Ele estava de carro e seguia para a Bélgica, onde vive em autoexílio desde o fim do ano passado.

Segundo as autoridades do estado de Schleswig-Holstein, Puigdemont foi interceptado na cidade de Schuby, às 11h19 (horário local). O líder separatista era alvo de um novo mandado europeu de captura emitido pelo Tribunal Supremo da Espanha.

Puigdemont havia passado os últimos dias na Finlândia para uma conferência na Universidade de Helsinque e, de acordo com seu advogado, Jaume Alonso-Cuevillas, pretendia se entregar às autoridades da Bélgica. Neste momento, ele se encontra retido em uma delegacia na Alemanha.

Deposto pelo governo da Espanha por causa da declaração unilateral de independência da Catalunha, em outubro passado, o ex-presidente da região se tornou réu na última sexta-feira (23) por “rebelião” e pode pegar até 30 anos de cadeia – outros 24 líderes separatistas também serão processados.

Em novembro passado, as autoridades judiciárias espanholas já haviam emitido uma ordem de prisão e extradição contra Puigdemont, que chegou a se entregar à polícia da Bélgica, mas o pedido acabou retirado um mês depois.

Na época, o juiz Pablo Llarena, do Tribunal Supremo, justificou a decisão com o argumento de que o ex-presidente e outros quatro ex-secretários catalães no exílio haviam demonstrado a intenção de voltar à Espanha por causa das eleições de dezembro, o que não ocorreu.

No pleito do fim do ano passado, os partidos separatistas conquistaram a maioria do Parlamento regional e indicaram Puigdemont para presidir novamente a comunidade autônoma. No entanto, ele não conseguiu assumir o cargo por causa da ordem de prisão que vigorava em território nacional.

Outros dois indicados posteriormente para governar a Catalunha, Jordi Sànchez e Jordi Turull, estão na cadeia e também serão processados.

Da AnsaFlash

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