Projeto de lei foi aprovado em 14 de junho pela Câmara
O Senado argentino vota nesta quarta-feira (8) um projeto de lei que visa aprovar a interrupção voluntária da gravidez até a 14ª semana de gestação.
Após seis tentativas anteriores, o projeto foi aprovado em 14 de junho e chega pela primeira vez a essa instância na Argentina. Segundo os últimos levantamentos, a tendência é de que o texto seja rejeitado. O jornal La Nación revela que há 37 votos contra a legalização do aborto, 31 a favor, dois indefinidos e uma abstenção.
Entretanto, o resultado deve ser conhecido apenas nas primeiras horas desta quinta-feira(9). Uma vez aprovado, o texto seguirá para a sanção do presidente da Argentina, Mauricio Macri.
De acordo com organizações sociais que defendem o projeto, a estimativa é que, a cada ano, sejam realizados 400 mil abortos no país em clínicas clandestinas. O projeto garante às mulheres o direito de interromper a gravidez até a 14ª semana sem restrições. No entanto, o aborto poderia ocorrer depois desse prazo em casos de violência sexual, risco de morte ou de inviabilidade de vida extrauterina do feto.
Atualmente, a prática só é permitida na Argentina em situações de estupro ou risco para a mãe. Segundo o Ministério da Saúde argentino, em 2016 morreram 245 mulheres grávidas e 43 em consequência de aborto.
Como em todos os países da América Latina, exceto o Uruguai, Cuba e Cidade do México, onde o aborto legal, a Igreja Católica tem historicamente exercido forte oposição, juntamente com outros setores conservadores. Nesta quarta, são esperadas diversas pessoas no centro de Buenos Aires para protestarem contra e a favor ao projeto.
Da AnsaFlash