“Foi o ataque mais vil que o STF sofreu”, diz Gilmar Mendes sobre áudios

Em entrevista exclusiva ao jornalista José Luiz Datena, no programa “90 Minutos”, da Rádio Bandeirantes, nesta quarta-feira, o ministro do STF disse que o órgão “‘tem que dar uma resposta a altura. Não só a Joesley e ao seu bando”. Ouça a entrevista aqui.

Gilmar Mendes também afirmou que, a partir da revelação dos áudios, “havia um projeto político que fracassou, o de colocar a Procuradoria-Geral da República (PGR) como único Poder do Brasil”.

Questionado sobre o papel do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no caso, o ministro disse que ele teve “responsabilidade política por tudo que ocorreu”. Para Gilmar, o benefício recebido por Joesley, ao concordar com as delações premiados, é proibido para quem é “chefe de quadrilha”. “A lei não permite conceder esse tipo de benefício para quem é chefe de grupo criminoso, mas Janot, muito bem assessorado pelo fiel Marcelo Miller [ex-procurador], optou por dizer que ele [Joesley] não era chefe da quadrilha”, criticou Gilmar.

Em pronunciamento feito nesta segunda, Janot disse que foram encontradas suspeitas com relação à conduta do ex-procurador Marcelo Miller, que atuou como advogado do frigorífico.

O ministro disse ainda que o “Supremo Tribunal Federal, de alguma forma, foi complacente com tudo isso”. “Nós [STF] discutimos isso. Verbalizei essa preocupação. Não podemos chancelar esse tipo de acordo de maneira definitiva”, explicou.

Ainda de acordo com o magistrado, o assunto deve ser discutido na semana que vem no STF, e que Janot terá de esclarecer os fatos.

Da Rádio Bandeirantes

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