Seminário na Embrapa capacita alunos do Curso de Mergulhadores de Combate da Marinha do Brasil

Seminário faz parte da programação do curso dos militares na região pantaneira - Foto: Raquel Brunelli
Seminário faz parte da programação do curso dos militares na região pantaneira – Foto: Raquel Brunelli

Por mais um ano consecutivo, foi realizado na Embrapa Pantanal o “Seminário sobre o Pantanal para militares da Marinha do Brasil (MB)”, no dia 13/11, das 8h às 12h, no Auditório Águas do Pantanal, localizado na Unidade em Corumbá/MS.

Durante o evento, os alunos do curso de Mergulhadores de Combate da Marinha do Brasil (MB) provenientes do CIAMA –  Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché – assistiram a 3 palestras: “Características da região pantaneira”, ministrada pelo pesquisador José Aníbal Comastri Filho; “Aspectos gerais da fauna pantaneira: comportamento, uso e conservação”, pelo pesquisador  Walfrido  Moraes Tomás e  “Identificação e valor nutritivo dos vegetais e frutos e os locais de maior incidência”, apresentada pelo supervisor de laboratórios Antônio Arantes.

Segundo informações do CT Jeancarlo, Instrutor do curso, os Mergulhadores de Combate compõem um grupo seleto da Marinha do Brasil que executa Operações Especiais. Durante a formação, que tem duração de aproximadamente 10 meses, os militares passam por várias etapas: preparação física, mergulho autônomo com circuito aberto, operações especiais terrestres, operações especiais submarinas, entre outras. Após isso, os alunos do curso realizam estágios de qualificação em ambiente montanhoso, e ribeirinho. Este último, executado na Amazônia e no Pantanal. Entre as atividades programadas na região pantaneira está o Seminário na Embrapa, para que possam receber as instruções teóricas.

“As informações recebidas na Unidade de Pesquisa são extremamente importantes, principalmente para quando voltarmos, já formados Mergulhadores de Combate, possamos saber das especificidades da região: Fontes de alimentos de origem animal e vegetal, a diversidade na fauna e flora, relevo, clima e hidrografia, podendo assim aplicar esses conhecimentos no planejamento e na execução das nossas missões. Não tenho dúvidas de que a Embrapa Pantanal é o melhor local para obtermos essas informações detalhadas e conhecimentos teóricos para poder estar operando na região”, concluiu o Capitão-Tenente.

Aluno número 09 desta turma, o Segundo-Tenente Gabriel de Brito Coelho, conta que esta é uma experiência nova: “Acabamos de voltar do estágio na Amazônia e, durante esta semana, estamos realizando o estágio na região do Pantanal. Estas palestras aqui na Embrapa foram muito produtivas, pois obtivemos conhecimentos sobre sobrevivência na selva e os animais que podemos vir a encontrar e ter contato, sobre o que podemos utilizar como alimento em caso de contingência.  Foi um momento em que pude relembrar de algumas informações que obtive no ensino médio e aprender outras, como por exemplo, a dimensão do pantanal. Para nós militares é muito importante conhecer a orientação no local, principalmente por se tratar de uma região de fronteira, onde de um lado é Brasil e do outro Bolívia”, completou o Tenente.

O Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pantanal, Thiago Coppola, explica que as parcerias com a Marinha do Brasil, bem como o Exército Brasileiro, são bem consolidadas e este Seminário é mais uma das ações realizadas em conjunto com as Forças Armadas. “Uma das missões desta unidade do Pantanal é a pesquisa sobre fauna, flora, relevo, clima, hidrologia e historicamente nossos pesquisadores estão sempre em campo adquirindo informação e este conhecimento não pode parar dentro da empresa. Repassar este saber para a Marinha e contribuir para formação desses militares é mais uma maneira de realizar ações de transferência de tecnologia e dessa forma beneficiar a sociedade como um todo”, concluiu Coppola.

DEIXE UM COMENTÁRIO/RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.