Sem acordo financeiro, Guerrero está mais perto de dar adeus ao Flamengo

Valores pedidos pelo centroavante peruano para a renovação do vínculo não estão dentro da ideia da diretoria do clube da Gávea. Despedida do camisa 9 é cada vez mais provável

Sem um acordo financeiro, a relação entre Flamengo e Guerrero está próxima de um fim. O vínculo do atacante com o Rubro-Negro é válido até o dia 10 de agosto e, até agora, as partes não chegaram a um consenso. O camisa 9 – que ainda tem o futuro indefinido por conta do caso de doping – ofereceu ao clube os seus termos para a renovação do vínculo, os quais não agradaram a direção.

As partes só admitiram conversas pela renovação do contrato nesta semana. Os primeiros valores pedidos pelo peruano – na questão salarial e quanto ao tempo de contrato – não estavam dentro do previsto pela diretoria do Rubro-Negro, que entende que é preciso diminuir os custos com o centroavante, um dos atletas entre os salários mais altos do elenco profissional. Assim, a permanência de Paolo Guerrero na clube da Gávea está cada vez mais distante.

Oficialmente, a diretoria do Flamengo se posiciona a favor da renovação com o atacante peruano. Nas oportunidades recentes, membros do departamento do futebol do clube – como  o VP Ricardo Lomba,, além do presidente Bandeira de Mello – o  elogiaram, mas não garantiram a permanência do centroavante.

Guerrero estreou pelo Flamengo em julho de 2015 e, até o momento, soma 114 partidas com a camisa do Rubro-Negro. São 43 gols do camisa 9 peruano, que conquistou o Campeonato Carioca de 2017 pelo clube da Gávea. No total, são 53 vitórias, 32 empates e 29 derrotas de Guerrero atuando pelo Rubro-Negro.

Além da questão financeira, o futuro do caso de doping de Guerrero é um entrave para o Flamengo levar adiante as conversas pela renovação. Hoje, o peruano está atuando sob a força de uma liminar concedida pelo Tribunal Federal Suíço, que não deu data para a revisão final do caso. Dias antes do Mundial, o camisa 9 teve a pena aumentada de seis para 14 meses de pena.

Relembre o caso

Guerrero testou positivo para benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína, em exame antidoping realizado após o jogo entre Peru e Argentina, no dia 5 de outubro. A partida era válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.

Por causa disso, a Fifa suspendeu o atleta por 30 dias preventivamente. Depois, no dia 8 de dezembro, a Fifa anunciou a suspensão do atacante por um ano.

Em 20 de dezembro, a Comissão de Apelação da Fifa aceitou parcialmente o recurso interposto pela defesa de Guerrero, reduzindo a pena para seis meses. Então, iniciou-se a luta do atacante – e de seus advogados – por sua absolvição.

Em maio, após cumprir os seis meses de punição, Guerrero voltou a atuar pelo Flamengo e pela seleção peruana, sendo convocado para o Mundial da Rússia. No entanto, semanas antes da Copa do Mundo, o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) julgou os recursos do atacante, que pedia a absolvição, e a apelação da Agência Mundial Antidoping (WADA), que pedia a suspensão por dois anos.

O resultado do julgamento do TAS foi o aumento da pena de seis para 14 meses, o que deixaria Guerrero fora do futebol até 2019 e fora do Mundial.

A defesa do centroavante, então, apelou ao Tribunal Federal Suíço, que concedeu uma liminar e autorizou a presença do peruano na Copa do Mundo, mas sem especificar se o atleta poderia disputar outras competições após por conta da liminar ou dar um prazo para o caso ser analisado definitivamente.

Do Lance!

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