O prefeito de Caarapó, Mário Valério (PR), que está em Brasília nesta semana, disse que é solidário ao movimento de greve dos caminhoneiros. A paralisação, que já dura três dias, já provoca desabastecimento em Caarapó, especialmente nos postos de combustíveis.
De acordo com o dirigente caarapoense, não é justo que aqueles que transportam o progresso Brasil afora arquem com o alto custo dos combustíveis e ganhem tão pouco com os fretes de baixo valor. “Assim, a luta pela redução do preço do diesel é absolutamente justa”, declarou.
Na tarde de ontem, Mário Valério participou de reunião com o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, que se mostrou preocupado com o impacto que a retirada da cobrança da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre o diesel vai causar nos repasses para os municípios. A medida foi anunciada pelo governo federal para baratear os preços dos combustíveis e, por consequência, pôr fim à greve dos caminhoneiros. “Zerar a Cide vai provocar uma redução de R$ 2,5 bilhões na arrecadação federal, reduzindo também o tamanho do bolo que é repartido entre os municípios brasileiros”, observou o prefeito de Caarapó.
A greve dos caminhoneiros é contra a disparada do preço do diesel que faz parte da política de preços da Petrobras, que entrou em vigor em julho. Por outro lado, a Petrobras anunciou a redução de 1,54% no preço do diesel nas refinarias. Desde o início de maio, o preço do diesel das refinarias (antes dos impostos) subiu 12% e o da gasolina, 14%. Mas a estatal se recusa a rever a política, que considera fundamental para sua estratégia de recomposição financeira e de imagem.
