Pico de pandemia na Itália é artificial, diz epidemiologista

Opinião é de Giovanni Rezza, do Instituto Superior da Saúde

Bandeira italiana em apartamento em Roma, capital do país – Foto: ANSA

O epidemiologista Giovanni Rezza, diretor do departamento de doenças infecciosas do Instituto Superior da Saúde da Itália (ISS), órgão subordinado ao governo, afirmou nesta sexta-feira (17) que o pico na curva de contágios pelo novo coronavírus no país é “artificial”.

Em coletiva de imprensa em Roma, o médico disse que a redução dos novos casos na Itália se deve às medidas de isolamento social impostas pelo governo, e não a uma suposta imunização da maior parte da população. “Trata-se de um pico artificial”, declarou Rezza.

Na semana entre 22 e 28 de março, a Itália registrou média de 5.556 contágios por dia, número que passou para 4.594 entre 29 de março e 4 de abril, para 3.948 entre os dias 5 e 11 deste mês e para 3.334 na atual semana.

“Notamos a tendência de desaceleração no número de casos, mas o vírus não está sumindo”, ressaltou Rezza. A Itália contabiliza atualmente 168.941 contágios pelo Sars-CoV-2 e 22.170 mortes.

O primeiro-ministro Giuseppe Conte estendeu a quarentena até 3 de maio, mas algumas atividades comerciais, como livrarias e papelarias, já reabriram as portas, com exceção de determinadas regiões, como Lombardia e Piemonte.

O governo também prepara um programa de testagem em massa na população para estimar o percentual de pessoas já imunizadas contra o novo coronavírus. O principal objetivo da cautela na reabertura é evitar que os casos explodam novamente e levem a uma segunda quarentena no país.

Da AnsaFlash

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