FIEMS e Governo do Estado firmam convênio para levar cursos técnicos a alunos do Novo Ensino Médio em MS

Convênio foi assinado nesta segunda-feira na Governadoria – Assessoria

Os cursos oferecidos foram definidos pela Secretaria Estadual de Educação, de acordo com o perfil socioeconômico e as demandas de cada município

O Sistema FIEMS (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) e o Governo do Estado assinaram nesta segunda-feira (07/02) um convênio para oferecer cursos técnicos do SENAI a alunos do Novo Ensino Médio em cinco municípios sul-mato-grossenses. A parceria vai atender inicialmente 1,5 mil estudantes até 2024 nas cidades de Aral Moreira, Bataguassu, Cassilândia, Jaraguari e Ponta Porã.

Os cursos oferecidos foram definidos pela Secretaria Estadual de Educação (SED), de acordo com o perfil socioeconômico e as demandas de cada município. As opções são: Agronegócio, Administração e Informática para Internet. Serão investidos R$ 1,17 milhão ao longo de três anos, com recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).

O convênio foi assinado na Governadoria, em Campo Grande, pelo governador Reinaldo Azambuja; presidente da FIEMS, Sérgio Longen; secretária estadual de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta; presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa; e diretor-regional do SENAI, Rodolpho Caesar Mangialardo.

Convênio deve ser expandido para mais municípios de MS, diz Longen

Sérgio Longen afirmou que a intenção é expandir o convênio para atender um número cada vez maior de estudantes sul-mato-grossenses. “Vamos iniciar o piloto em cinco municípios, mas a intenção é que a gente avance para todos os municípios de Mato Grosso do Sul, pois temos uma demanda enorme na qualificação profissional. Integrar educação e qualificação profissional é algo que me deixa muito feliz”.

Reinaldo Azambuja enalteceu a importância da parceria firmada com o Sistema FIEMS e chamou atenção para a necessidade de aproveitar as oportunidades com a chegada de novas empresas a Mato Grosso do Sul. “A gente construiu desde 2015 uma virada de página na questão industrial do Estado. Modernizamos a nova lei de incentivos e construímos uma política duradoura e transparente para todo o segmento industrial do Estado. Hoje a gente colhe os resultados. Agora, a gente precisa qualificar a mão de obra para não perder os melhores empregos”.

Maria Cecília explicou que a escolha de cursos e municípios atendidos foi feita por meio de critérios técnicos e muito diálogo com todos os envolvidos. “Conversamos com prefeitos, vereadores, empresários, diretores de escolas, e dessa conversa saiu a lista de demandas específicas de cada município. Nosso objetivo é evitar a evasão escolar e desenvolver os talentos dos jovens. Por isso, é um sonho muito grande o que estamos fazendo”.

SENAI vai levar estrutura e equipe pedagógica para atender turmas

Segundo o diretor-regional do SENAI, o convênio irá facilitar a realização das aulas práticas necessárias à formação dos estudantes, visando mais qualidade ao ensino, evitar a evasão dos jovens, fixar o egresso em seu município de origem. Rodolpho Mangialardo explica que serão disponibilizados laboratórios móveis (carretas), que ficarão estacionadas em frente à escola, nos municípios onde não exista unidade do SENAI. Além disso, todo o material pedagógico e os profissionais de educação serão oferecidos pelo SENAI.

Sobre o Novo Ensino Médio

O Novo Ensino Médio começa a ser implementado oficialmente este ano nas escolas. Entre as principais mudanças, está a ampliação da carga horária para pelo menos cinco horas diárias. É um modelo de aprendizagem que permite ao jovem optar por uma formação técnica e profissionalizante durante o ensino médio regular.

Para o aluno, a modalidade traz uma nova organização do conteúdo, mais flexível e de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). As disciplinas tradicionais dão lugar a áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, o que representa 60% da grade curricular. Os demais 40% ficam a cargo dos chamados itinerários formativos.

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