Escolas do Sesi usam contação de histórias para explorar habilidade de interpretação dos alunos

Para desenvolver a formação integral do aluno, explorando as habilidades de interpretação dos alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, a Rede de Ensino do Sesi em Mato Grosso do Sul está desenvolvendo nas escolas de Aparecida do Taboado, Campo Grande, Corumbá, Dourados, Maracaju, Naviraí e Três Lagoas o Projeto de Contação de Histórias. A atividade propõe que os professores desenvolvam todos os meses temáticas diferentes e, neste mês de fevereiro, o tema escolhido foi “Festas Populares”.

Segundo a analista técnica de Educação do Sesi, Glaucia Campos, o Projeto abrange diferentes áreas de conhecimento, propondo a integração de disciplinas e a socialização dos alunos. “Essa foi uma forma concreta de trabalharmos as habilidades socioemocionais de uma maneira lúdica e interativa por meio da contação de histórias. Assim estimulando a leitura e ampliar o acesso dos alunos aos livros e a cultura”, explicou.

Por conta da pandemia e da necessidade de medidas de biossegurança, as atividades estão sendo realizadas de forma híbrida, presencial e online, sendo que cada Escola do Sesi tem a liberdade de desenvolver o projeto de formas diferentes, dentro de sala de aula, na biblioteca ou em áreas externas do colégio. Na Escola do Sesi de Aparecida do Taboado, por exemplo, a história escolhida foi o livro “Qual a Cor do Amor” e, por meio da leitura, os alunos discutiram sobre diversidade, valores, formas de amor e vida em sociedade.

Após a leitura, cada aluno pode expressar o que entendeu sobre a história e fazer relações com o seu dia a dia. A professora Gleici Fernanda Miranda Machado, que leciona para os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental da Escola do Sesi em Aparecida do Taboado, destacou que a intenção do projeto é apresentar uma aula temática e interativa para que os alunos trabalhem questões sociais por meio da literatura. “As competências socioemocionais servem para crianças e adultos aprenderem a colocar em prática as melhores atitudes e habilidades”, disse.

Ela completa que, assim, os estudantes conseguem gerenciar emoções, alcançar objetivos, demonstrar empatia, manter relações sociais positivas e tomar decisões de maneira responsável. Essa opinião é compartilhada pela professora Francielle Aguiar, que leciona para os alunos do 4º ano do Ensino Fundamental da Escola do Sesi em Aparecida do Taboado. “A atividade proporciona momentos de discussões muito produtivos. A contação de história é a oportunidade de trazer assuntos e temas socioemocionais que devem ser trabalhados na escola, para que assim haja uma formação por completo no aluno, podendo ele compreender atitudes e valores que foram construídos durantes esses momentos”, completou.

A aula também trabalhou afetividade, criatividade e imaginação dos alunos e, ao final, os estudantes confeccionaram cartões com mensagens de motivação que foram anexados na sala de aula, para que todos os dias os alunos possam ser encorajados e motivados com essas mensagens criadas por eles. “Achei muito legal cada aluno escrever um cartão de motivação, porque a gente mesmo vai poder ler todos os dias quando entrar na nossa sala”, destacou o estudante Arthur Gabriel Padim Piancentini, que é aluno do 4º ano do Ensino Fundamental da Escola do Sesi de Aparecida do Taboado.

Os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental da Escola do Sesi de Aparecida do Taboado fizeram corações com a “cor do amor” e, em seguida, cada um explicou que cor imaginava o amor, enquanto os alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio discutiram experiências vividas, avaliaram o comportamento de cada personagem e buscaram identificar o papel social de cada um, abordando aspectos como confiança e vivência em sociedade. A professora Ana Carolina Detomini, que leciona Linguagens no Ensino Médio na Escola do Sesi de Aparecida do Taboado, explica que aulas temáticas em ambientes alternativos sempre chamam atenção dos alunos.

“Foi uma atividade prazerosa, ao ar livre, onde os alunos gostaram de sair um pouco da sala e discutimos um pouco sobre a moral da história, pois as palavras as vezes deixam marcas que são difíceis de apagar por completo”, explicou a professora Ana Carolina Detomini. “É um momento muito produtivo de interação entre colegas. É o momento de abrir a mente”, acrescentou o estudante Lauro Lauretto de Queiroz Blini, aluno do 8º ano do Ensino Fundamental da Escola do Sesi de Aparecida do Taboado.

Na Escola do Sesi de Três Lagoas, a leitura escolhida foi o poema de Clarice Lispector “Restos de Carnaval” e a atividade foi desenvolvida em uma aula multidisciplinar, como explicou a professora Damila Fernanda Leite Rezende.  “Um trabalho interdisciplinar tem mais resultados, propõe relações entre as disciplinas e além ampliar os espaços de intercâmbio dinâmico e experiências pedagógicas inovadoras com práticas e recursos tecnológicos. Sendo assim, os alunos aprendem a importância da leitura, escrita a partir de um mesmo assunto trabalhado, entretanto contextualizado com disciplinas diferentes”, detalhou.

“Ao trabalharmos o contexto histórico do Carnaval, ampliamos nos alunos o repertório sociocultural e para que houvesse uma interação entre Língua Portuguesa e Técnicas de Redação. Nós, professoras, abordamos mulheres que fizeram parte da trajetória do Carnaval no nosso país e foi gratificante ver que os alunos apreciaram a história de vida delas”, disse a professora Renata Falbo, completando que o objetivo da atividade foi contextualizar sobre a origem do Carnaval com uma nova perspectiva sobre as letras das marchinhas, promovendo assim uma análise textual e ampliando o repertório social acerca de datas comemorativas influentes no País.

A estudante Maria Eduarda Fernandes Ribeiro dos Santos, aluna do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola do Sesi de Três Lagoas, contou tudo que aprendeu sobre a cultura brasileira, com a leitura sobre o Carnaval. “Eu gostei muito da aula, pois falamos sobre marchinhas de Carnaval, que é um gênero da nossa música popular e que foi predominante no carnaval brasileiro dos anos 20 aos anos 60 do século XX. Foi muito interessante porque nos carnavais de hoje em dia é muito raro vermos pessoas escutarem essas músicas. Conseguimos aprimorar e ampliar o repertório sócio cultural, analisando as letras das marchinhas e melhorando os nossos conhecimentos pois o carnaval é um símbolo do nosso País”, finalizou.

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