Em Bonito, equipe do Centro de Inovação do Sesi apresenta uso de tecnologia na avaliação e promoção da atividade física

Durante a 12ª edição do Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde – Semeando a Atividade Física para o Futuro, realizada ontem (24/10), no Centro de Convenções, em Bonito (MS), a equipe do Centro de Inovação do Sesi de Mato Grosso do Sul apresentou o uso de tecnologias na avaliação e promoção da atividade física.

Além disso, ainda no evento, foi detalhado o artigo científico “Proposta de Triagem de Saúde e suas Contribuições no Ambiente Ocupacional”, escrito pelo gerente de tecnologia e inovação do Sistema de Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho do Centro de Inovação do Sesi, Ricardo Egídio dos Santos Júnior, e pela ergonomista do Sesi do Estado, Priscilla Santana Bueno.

Segundo Ricardo Egídio, ao apresentar o uso de tecnologias na avaliação e promoção da atividade física, procurou quebrar um pouco um paradigma e não falar muito de ciência e de dados científicos, mas sim falar da importância de trazer reflexão sobre gerir informação. “Tecnologia a gente tem, excelentes pesquisadores no Brasil, com parceria com outros países, mas qual a importância disso? Eu quis passar essa mensagem sem cunho cientifico para que as pessoas pudessem refletir e para aplicar a prática cientifica e transformar de uma forma mais simples para a população”, pontuou.

Ele explicou que uso de tecnologias na avaliação e promoção da atividade física tem como foco o “Projeto Saúde em Forma”. “Esse projeto utiliza uma balança multifuncional para coletar dados como peso, altura, pressão arterial e correlacionar esses dados. De forma autônoma, são coletados os dados para criar perfis de saúde das pessoas. Assim, os profissionais não precisam concentrar seu trabalho na coleta dos dados, mas sim na análise deles e trabalhar preventivamente a saúde”, detalhou ao demonstrar como a tecnologia pode impactar nessa área.

Debate

Após a palestra, o gerente de tecnologia e inovação do Sistema de Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho do Centro de Inovação do Sesi dividiu o microfone durante um painel de perguntas com o professor Adriano Akino Ferreira Hino, da Pontifícia Católica (PUC/PR), que também abordou o assunto. O professor chamou a atenção para o fato de que o Centro-Oeste era uma região que ainda não tinha sediado o Congresso e que a partir de agora irá fomentar novas atividades acadêmicas aos estudantes.

“A execução aqui é fundamental. O Congresso tem tido bastante efeito na promoção de grupos de pesquisa e ampliação das atividades de pesquisa. Então, ele tem sido um incentivador e é interessante ressaltar que nos próximos anos, os grupos de pesquisas e as pesquisas na área de atividade física e saúde tendam a crescer aqui por causa do evento”, destacou Adriano Akino.

Na avaliação do mestrando Lucas Gabriel de Moraes Chagas, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), de Presidente Prudente (SP), a palestra de Ricardo Egídio foi importante ao levantar questionamentos e incitar reflexões. “Ele soube tratar de assuntos que a população precisa ter acesso de uma maneira de fácil entendimento. O que nos auxilia, uma vez que ao ler artigos a gente passa horas para entender. E a população não vai tirar um tempo do seu dia para isso e, às vezes, não tem o conhecimento necessário para fazer essa análise”, falou.

Camila Cavalcante, estudante da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC/RS, de Porto Alegre (RS), destacou a importância da realização do painel de perguntas. “Além de ouvir o que os palestrantes têm de conhecimento para nos passar, podemos fazer perguntas pertinentes ao assunto. O legal é que uma pessoa levanta uma questão que você nem pensou e acaba tirando mais proveito ainda”, disse.

Artigo

Ao detalhar o artigo científico “Proposta de Triagem de Saúde e suas Contribuições no Ambiente Ocupacional”, a ergonomista Priscilla Santana Bueno destacou que o trabalho demonstra a atuação de um projeto piloto para análise de dados antropométricos de uma população trabalhadora com atividades sedentárias na postura sentada. Ela explicou que como profissional que atua no Sesi aliado ao mestrado que cursa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) envergou a necessidade da junção do conhecimento cientifico e do trabalho.

“O conteúdo que o nosso estudo piloto no ‘Projeto Saúde em Forma’ traz uma atenção para a saúde do trabalhador que é a nossa missão dentro do Sesi.  Com esse estudo, mapeamos a atuação do ‘Saúde em Forma’, chegamos à conclusão que ele contribuiu para fomentar ações de promoção de saúde e qualidade de vida dentro dos ambientes corporativos”, argumentou Priscila Bueno.

A presidente do Congresso, Cristiane de Faria Coelho Ravagnani, ressaltou a participação de pessoas de todos os Estados. “Não estamos numa região de grande polo tecnologia e ciência e tivemos tantos inscritos, cerca de 800 e de todos os cantos do país. Conseguimos fazer interdisciplinaridade, interinstitucional idade e também a interlocução entre a educação básica e ensino superior, o que poucas pessoas veem em congressos científicos”, contou.

Ainda durante o Congresso, foi realizada a Fecintafs (Feira de Ciências e Tecnologia para Atividade Física e Saúde). “O que me deixou muito feliz foi ver os ícones da área passando nos estandes dos alunos do ensino médio e avaliando como significativo. É uma mudança de paradigma”, conclui o presidente da Feira, Fabrício Ravagnani.

DEIXE UM COMENTÁRIO/RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.