“Brasil não precisa de showman”, diz Alckmin sobre campanha eleitoral

Governador de SP anunciou em primeira mão a antecipação da campanha de vacinação fracionada contra a febre amarela

Em entrevista exclusiva ao apresentador José Luiz Datena, o governador de São Paulo declarou que “o Brasil não precisa de um showman e sim de alguém que resolva os problemas”. Geraldo Alckmin participou ao vivo do programa “90 Minutos”, da Rádio Bandeirantes, na manhã desta terça-feira.

Questionado sobre candidatos que se apresentam como “não político”, exemplo do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), Alckmin disse que “sempre estimulou novas lideranças”, mas primeiro é preciso saber o que são esses “novos” candidatos. “É a idade? Ter 30 anos? O ‘novo’ é nunca ter disputado?”.

O governador afirmou que hoje se sente mais experiente e preparado do que em 2006 para concorrer à Presidência da República. “Precisa ter time, equipe e o mínimo de experiência, além de levar esperança”.

O tucano também criticou posturas extremistas no cenário atual e a “fragmentação partidária”. “Tenho defendido a união para evitar o extremismo, o que ocorreu na Venezuela, que está um caos”, afirmou. De acordo com o político, “todos os partidos estão fragilizados pela fragmentação e pela falta de reforma política”.

Para Alckmin, as pesquisas eleitorais divulgadas nos últimos meses ainda “não têm significado”. “A pesquisa antes de debate e de horário de TV e rádio é um olhar para trás”, disse.

Questionado sobre um possível confronto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos debates eleitorais, Alckmin respondeu: “só tenho uma coisa a dizer com políticos cujo patrimônio cresce enquanto exerce cargo: ladrão”.

“Estou preparado para disputar o candidato mais forte, que é Lula”, afirmou. “Se ele for [candidato à Presidência], vamos enfrentá-lo e trabalhar para convencer e mostrar que o caminho para o Brasil crescer é outro”.

O tucano também comentou sobre “ameaças petistas”. “Petistas não estão acima da lei, nem à margem da lei. A lei é para todos”.

 

Durante a entrevista, o governador anunciou em primeira mão a antecipação da campanha de vacinação fracionada contra a febre amarela.

O mutirão começa no dia 29 de janeiro, uma segunda-feira, quatro dias antes da previsão inicial. Até o dia 23 de fevereiro, mais de 8 milhões de pessoas devem ser imunizadas na capital e em cerca de 50 cidades.

O anúncio foi feito por Alckmin após a Organização Mundial da Saúde classificar o Estado como área de risco.

Apesar do alerta da OMS, Geraldo Alckmin afirma que não motivo para pânico. A previsão é que todos os 45 milhões de moradores de São Paulo estejam imunizados até dezembro.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, vinte e uma pessoas morreram em decorrência de febre amarela em São Paulo nos últimos 12 meses; 11 só em 2018.

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