Baixo Pantanal: SES recorre ao fumacê para ajudar no combate ao mosquito da dengue

São mais de 40 máquinas para atender os municípios com maior infestação pelo Aedes aegypti

A taxa de incidência de dengue na região, ou seja a quantidade de pessoas com a doença a cada 100 mil habitantes, é uma das mais altas do país. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a zika e a chikungunya. A sul-mato-matogrossense Eliane Nobre relata que teve dengue e precisou recorrer ao atendimento médico algumas vezes, “durante doze dias eu senti um mal estar terrível, muitas dores no corpo, falta de apetite, enjoo, dores de cabeça, por algumas vezes eu precisei ir ao hospital pra tomar um soro, pra me hidratar, porque também tinha muita febre. Então, é uma doença terrível que te pega e te derruba”. As informações são do Brasil 61.

Só no município de Corumbá foram registrados 2.621 casos de dengue em 2021. O coronel Marcelo Fraia, assessor militar da Secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul, diz que para ajudar no combate ao mosquito é utilizado o fumacê “somente para interromper a cadeia de transmissão da doença em caso de epidemias fumacê é muito eficaz quando respeitadas as normas técnicas e exige muita capacidade técnica diferente operando durante as epidemias poderão ser realizados 35 ciclos de aplicação no mesmo lugar desde que respeitando o quadrante planejado pelos técnicos nós temos à disposição 46 máquinas de fumacê para o atendimento dos 79 municípios”  

O coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, explica que, hoje, mais de 70% dos casos de dengue se concentram em menos de 200 municípios do país. Mas ele lembra que isso não quer dizer que as cidades próximas não devam se preocupar,  “o vírus da dengue tem um potencial de distribuição geográfica muito rápida e muito grande, tanto que se a gente pegar regiões onde a gente tem uma baixa transmissão que sejam contíguas, principalmente regiões metropolitanas, regiões vizinhas, a gente vê essa expansão muito rápida. Porque a gente tem o vetor. O vetor estando presente, isso faz com que a gente tenha uma maior transmissão e as pessoas infectadas transitam por essas regiões.”

Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina.

Cuidados necessários 

Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:

  1. Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
  2. Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
  3. Feche bem os sacos e lixo.
  4. Guarde os pneus em locais cobertos.
  5. Tampe bem a caixa-d´água.
  6. Limpe as calhas.

Para o combate é necessário unir esforços com a sociedade para eliminar a possibilidade de locais que possam acumular água. Os ovos da fêmea do Aedes aegypti podem ficar incubados durante um ano e eclodir em apenas cinco dias quando entram em contato com a água. “É preciso manter os cuidados durante todo o ano por 365 dias”, reforça o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka.

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