“Foi um período que cresci muito na vida, que aprendi a olhar as pessoas de forma diferente”. Foi assim, muito emocionada, que a educadora Lourdes Braga Fracalossi, resumiu a época em que trabalhou na Escola Estadual Vespasiano Martins, como professora e diretora. Lourdes, que tem a mesma idade da instituição de ensino, foi uma das homenageadas na audiência pública “Escola Estadual Vespasiano Martins – 65 Anos de Luta pela Educação – Avanços e Desafios”, realizada na noite desta sexta-feira (24) no Plenário Deputado Júlio Maia, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
Proposta pelo deputado Amarildo Cruz (PT), 2º secretário da Casa de Leis, a audiência foi espaço para celebrar os 65 anos de uma das mais antigas escolas de Campo Grande e para refletir sobre a importância da educação na transformação da vida das pessoas.
Depois da composição da mesa pelo deputado proponente e autoridades ligadas à escola, os participantes cantaram o Hino Nacional Brasileiro e apreciaram a apresentação do grupo de dança urbana do projeto Arte e Cultura, formado por alunos da própria instituição de ensino e sob a responsabilidade da professora de Educação Física, Naiara Pereira da Silva Ribeiro. “É a primeira vez que eles se apresentam fora da escola”, contou, demonstrando orgulho, a professora.
O projeto faz parte do caminho da aluna Ana Caroline Silva Gomes, 17 anos, para crescer na arte da dança. Ela, que pretende dançar em palcos internacionais, esteve entre os estudantes que fizeram a apresentação. “O projeto abre as portas para quem gosta de dança e não têm como pagar. Nós somos uma família”, disse sobre o grupo de dança. Mesmo sentimento Ana tem pela escola. “Gosto muito de lá, dos meus amigos, dos professores. Lá eles acolhem a gente”, contou.
O deputado Amarildo Cruz destacou a importância do evento. “É uma forma de homenagear uma escola que é referência na cidade. Muitos campo-grandenses passaram por lá nesses 65 anos. É uma escola que faz parte da história da cidade e do estado”, comentou.
Semelhante consideração fez o diretor Antônio Barbosa Sorrilha. “A história da escola é casada com a história de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul”, afirmou. A instituição está prestes a se tornar de período integral, o que motiva entusiasmo no diretor. “É um grande avanço. O debate sobre escolas de tempo integral não é de hoje. É muito importante, mas a implantação não é fácil, porque implica mudança estrutural e de cultura”, opinou Antônio, que também foi um dos homenageados.
Discursos e homenagens
Compuseram a mesa de autoridades, além do deputado Amarildo Cruz e do diretor Antônio Sorrilha, a presidente do Colegiado Escolar, Maria Inês Barquilha de Jesus, a coordenadora pedagógica, Aline Brito, o presidente da Associação de Pais e Mestres (APM), Edgar Vianna Gonçalves, e a secretária escolar, Edna dos Santos Holsback. Todos falaram, destacando a importância da escola e da educação de modo geral.
Depois dos discursos dos integrantes da mesa de autoridades, teve início a entrega dos certificados aos homenageados. Receberam as homenagens o atual diretor, Antônio Sorilha, e as ex-diretoras Enir Neto (representada por Maria Emília de Araújo), Sandra Maria de Castro, Lourdes Braga e Denise Martins Ferreira, além da coordenadora Maria Inês Barquilha e da ex-professora da escola, Eloísa Castro Berro, que atualmente coordena a Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande.
Feitas as entregas dos certificados, os presentes cantaram parabéns à escola e o deputado Amarildo encerrou o evento.
