Após queda de Fernando Azevedo, comandantes das três Forças Armadas deixam o cargo

Comandantes da Aeronáutica, Antônio Carlos Moretti Bermudez; do Exército, Edson Pujol; e da Marinha, Ilques Barbosa – Foto: Acervo TV GLOBO

O Ministério da Defesa anunciou nesta terça-feira (30) a saída dos comandantes das três Forças Armadas: Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica).

Na nota, o ministério não informou o motivo da saída dos três nem anunciou os substitutos.

Segundo apurou o Blog do Camarotti, os três comandantes pretendiam apresentar um pedido de demissão conjunto, mas o presidente Jair Bolsonaro se antecipou e determinou que eles não permaneceriam.

O anúncio foi feito um dia após Fernando Azevedo e Silva ter deixado o cargo de ministro da Defesa. Para o lugar dele, foi anunciado o general da reserva Walter Souza Braga Netto, que até então comandava a Casa Civil.

Mais cedo, nesta terça, Pujol, Barbosa e Bermudez se reuniram com Braga Netto, em Brasília. O colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti já havia informado que os três haviam decidido colocar os cargos à disposição.

Esta é a primeira vez desde 1985 que os comandantes das três Forças Armadas deixam o cargo ao mesmo tempo sem ser em período de troca de governo.

Influência nos quartéis
Segundo o Blog do Camarotti, a saída de Fernando Azevedo e Silva, nesta segunda (29), foi recebida com preocupação por integrantes da ativa e da reserva das Forças Armadas e como algo além de uma troca para acomodação de espaços no primeiro escalão do governo.

Ao colunista, um general da reserva enxergou o movimento como um sinal de que o presidente Jair Bolsonaro deseja ter maior influência política nos quartéis.

Em novembro do ano passado, o comandante do Exército, Edson Pujol, afirmou que os militares não querem “fazer parte da política, muito menos deixar a política entrar nos quartéis”.

Na ocasião, o vice-presidente Hamilton Morão, também general quatro estrelas da reserva, reforçou a posição de Pujol.

Reforma ministerial
Ao todo, nesta segunda, o governo anunciou seis mudanças na Esplanada dos Ministérios.

· Braga Netto, que estava na Casa Civil, foi para o Ministério da Defesa;

· Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, foi para a Casa Civil;

· Deputada Flávia Arruda (PL-DF) assumiu a Secretaria de Governo;

· Delegado da PF Anderson Torres, que trabalhava no governo do Distrito Federal, foi para o Ministério da Justiça;

· André Mendonça, que estava na Justiça, foi para a Advocacia-Geral da União;

· Carlos Alberto Franco França, assessor especial da Presidência, assumiu o Ministério das Relações Exteriores.

Conforme o colunista do G1 e da GloboNews Valdo Cruz, aliados de Bolsonaro avaliam que faltaram duas demissões: a de Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e a de Milton Ribeiro, da Educação.

Do G1

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