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Zelensky pede retirada do poder de veto da Rússia na ONU

Zelensky durante reunião do Conselho de Segurança – Foto: ANSA

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta quarta-feira (20) que a presença da Rússia no Conselho de Segurança da ONU é “ilegítima” e o país deveria ser destituído do seu poder de veto.

“A maior parte do mundo reconhece a verdade sobre esta guerra”, declarou ele durante reunião do Conselho de Segurança, cuja sessão foi aberta pelo primeiro-ministro albanês, Edi Rama, presidente rotativo, em uma das raras vezes em que Zelensky e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serghei Lavrov, sentaram-se à mesa frente a frente.

Segundo o líder ucraniano, “o poder de veto nas mãos do agressor foi o que empurrou a ONU neste impasse”. “Em caso de atrocidades em massa, o poder de veto deveria ser suspenso e a Assembleia Geral da ONU deveria ter o poder de anular o veto”.

“É uma agressão criminosa e não provocada da Rússia contra a nossa nação, com o objetivo de tomar o território e os recursos da Ucrânia”, acrescentou.

Em seu discurso, Zelensky ressaltou ainda que “é impossível parar a guerra porque todas as ações são vetadas pelo agressor”.

Além disso, relançou a sua “fórmula” de paz de 10 pontos para pôr fim à guerra, reiterando como condições indispensáveis a retirada da Rússia e a restauração das fronteiras antes da invasão da Crimeia em 2014.

“Que a paz prevaleça, que as nossas instituições e cooperação se tornem mais fortes”, afirmou ele, apelando a outras nações para apoiarem o plano.

De acordo com Zelensky, “hoje em dia, na assembleia geral, ouvimos com demasiada frequência a desigualdade mundial”. “A desigualdade é mencionada por diferentes nações, tanto maiores como menores. É precisamente essa desigualdade que torna a ONU ineficaz”.

Durante a reunião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, também condenou a invasão russa e relatou que “foram documentadas provas de violações generalizadas e chocantes dos direitos humanos, incluindo violência sexual relacionada com conflitos, detenções arbitrárias, execuções sumárias, principalmente pela Rússia, e a transferência forçada de civis ucranianos, incluindo crianças”.

“Estes documentos são vitais para exigir a responsabilização, que é fundamental para todos os abusos dos direitos humanos”, acrescentou.

O diplomata português lembrou também que a invasão da Ucrânia pela Rússia foi seguida por ataques incessantes e sistemáticos contra civis, infraestruturas e serviços, incluindo instalações de saúde e educacionais.

Para Guterres, “a guerra já está causando sofrimento infinito” e “sua continuação corre o risco de uma nova escalada perigosa”, principalmente porque “não há alternativa ao diálogo, à diplomacia e a uma paz justa”.

Por fim, o secretário da ONU lamentou que o regime de Vladimir Putin tenha encerrado a sua participação no acordo do trigo em julho deste ano. “Uma nova escalada poderia chocar imediatamente os mercados e desestabilizar a região”, concluiu.

Da AnsaFlash

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