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Trabalhadores da Eletrosul em Mato Grosso do Sul paralisam as atividades por 72 horas

Os trabalhadores do Sistema Eletrobras de todo o Brasil, entre eles da Eletrosul em Mato Grosso do Sul, entrarão em greve a partir do dia 15 de junho, terça-feira. A paralisação de 72 horas é uma resposta ao agendamento da Medida Provisória 1031/21, que prevê a privatização da Eletrobras, na pauta de votação no Senado.

Em Mato Grosso do Sul, são 32 trabalhadores da Eletrosul que atuam na transmissão de energia elétrica em Campo Grande, Dourados e Água Clara. O estado de greve foi aprovado em assembleias do Sinergia-MS em 28 de maio.

A MP foi aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 20 de maio e agora tramita no Senado. A MP 1031 tramita no Congresso Nacional por rito sumário, ou seja, sem nenhuma audiência pública e sem a criação de uma Comissão Mista de Senadores e Deputados para debater sobre os riscos que uma iniciativa como essa pode trazer para os brasileiros e brasileiras.

“A paralisação é uma forma de pressionar os senadores e mostrar que os trabalhadores são contra a privatização da Eletrobras. Se a MP nº 1.031/21 não for analisada até 22 de junho, ela perderá a validade. Por isso, a importância das mobilizações para barrar a tramitação desta MP”, informou o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.

O presidente do sindicato alerta ainda que a privatização da Eletrobras prejudica toda a sociedade. “A população vai pagar mais caro pela energia, além da questão da soberania nacional no setor elétrico e o risco de ter um apagão como aconteceu no Amapá. Por ser um serviço estratégico, tem que estar nas mãos do governo, do poder público”.

Para o movimento sindical, a venda da empresa representa a entrega do patrimônio público à iniciativa privada, encarecerá o custo da energia para a população, além da queda da qualidade do serviço e demissões de trabalhadores.

“Nosso objetivo é evitar a privatização porque não vai ter a mesma qualidade no atendimento e na prestação do serviço. Hoje a Eletrosul tem profissionais bem treinados e qualificados, e esses são os primeiros a serem demitidos caso ocorra a privatização. A empresa privada só visa o lucro, vai colocar gente que ganha menos, com qualificação inferior, e aí aumenta o risco de apagão e falhas no serviço”, esclarece o dirigente sindical Mauricio Pires, que é funcionário da Eletrosul.

O dirigente sindical explica ainda que não há motivos para privatização considerando que a empresa presta um serviço de qualidade, mesmo com quadro reduzido de empregados. “Na Usina São Domingos, a equipe era formada por 10 técnicos, atualmente são apenas 4. Então, o quadro de funcionários já está enxuto e a empresa ainda tem registrado lucro nos últimos anos. Não há motivos para privatizar”.

Em Mato Grosso do Sul, a paralisação não terá impacto direto para a população porque será mantido o percentual mínimo de trabalhadores em regime de plantão.

A Eletrobras, maior empresa de energia elétrica da América Latina, responsável por 30% da geração e 50% da transmissão de energia, é lucrativa e teve superávit de mais de R$ 30 bilhões em três anos. Nos últimos 20 anos distribuiu mais de R$ 20 bilhões em dividendos para a União.

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