O volume de serviços em Mato Grosso do Sul foi de 1,5% em agosto, quando comparado ao mês de julho deste ano. Já em relação à receita nominal, o Ãndice foi um pouco maior, 3,4%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE). Na variação mensal, quando se compara o mês ao mesmo perÃodo do ano anterior, a redução é de -6% no volume de serviços.
No acumulado do ano e nos últimos 12 meses, os Ãndices também são negativos, ainda por conta dos impactos da pandemia do novo coronavÃrus. Na variação acumulada no ano (base igual perÃodo do ano anterior), o Ãndice foi de -4,3%, e no acumulado de 12 meses, -1,5%. O volume de vendas é o Ãndice que realmente aponta se houve melhora no setor, pois demonstra um aumento real de compras, por se referir à s unidades fÃsicas. Já a receita nominal pode sofrer influência da inflação, que faz com que ela aumente.
Segundo a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Dias, o resultado, ainda que menos expressivo, é muito significativo para o momento, pois ainda estamos em um perÃodo de crise. Ela ressalta que o segmento de serviços foi o que mais se destacou na pandemia, lembrando que os números tratam apenas dos serviços formais, não incluindo a informalidade, que pode ser mais expressiva.
“Isso é um importante indicador, pois nos mostra como está a intenção de consumo das famÃlias, e como estão conseguindo garantir renda em um momento bastante conturbado da nossa economia. Muitas pessoas aderiram ao conserto das coisas, como equipamentos eletrônicos, ao invés de comprar novos. A prestação de serviços de comunicação e marketing digital também se destacou, seja a partir do e-commerce ou comércio a distância, e tudo isso influenciou positivamente o Ãndice. Além disso, também tivemos uma alta nos serviços voltados para a construção civil, pois muita gente aproveitou o perÃodo para fazer pequenas reformas em casa”, explica a economista.