A 4ª sessão ordinária deste ano, realizada nesta segunda-feira,26, na Câmara de Vereadores, foi marcada por protestos de diversos segmentos da sociedade. Para a vereadora Daniela Hall (PSD), presidente da Casa Leis, as reivindicações da população, que utilizaram desde cartazes até do ‘nariz de palhaço’, mostra o desespero da comunidade com o descaso da Prefeitura Municipal.
Na tribuna, o Guarda Municipal e presidente do Sindicato da Guarda Municipal, Nilson Araújo Figueiredo, discorreu sobre as dificuldades dos agentes em oferecer um trabalho de qualidade por falta de efetivo pedindo a imediata convocação dos 92 aprovados no concurso de 2016, que estava acordada para o mês de fevereiro. Ansiosos e revoltados com a situação que já se arrasta há mais de um ano, os aprovados temem não dispor de estrutura adequada para treinamento.
O TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado entre a Procuradoria Geral do Município e o Ministério Público Estadual, homologado pelo Juiz da 6ª Vara Cível de Dourados, doutor José Domingues Filho, prevê que a Administração convoque os aprovados ainda neste mês, do contrário, estarão descumprindo o acordo e poderão pagar multa diária no valor de 1000 UFERs, aproximadamente R$ 25 mil.
A presidente do Sindicato dos agentes de saúde e endemias, Silvia Figueiredo, também esteve na Câmara Municipal. Preocupada com o PCCR, que não foi votado no ano passado por conta da mobilização dos servidores públicos, Silvia continuará participando das próximas sessões. “Ainda em 2017, em reunião com os servidores e a Procuradoria Geral do Município, fizemos um acordo sobre o projeto que seria votado no início deste ano. Mas, a PGM simplesmente nos mandou uma resposta neste mês, suprimindo várias cláusulas acordadas. O texto não está claro, deixando várias brechas, podendo ser apresentado em qualquer sessão para ser votado em regime de urgência e isso não vamos deixar”, disse Silvia.
A vereadora Daniela Hall, que votou a favor dos servidores públicos do município no ano passado, sugere que a administração municipal refaça as reuniões com os sindicatos, para ouvir e esclarecer dúvidas, para que somente depois, o projeto possa ser encaminhado para votação.
Além do descaso com os servidores públicos, também houve protesto sobre a educação de Dourados na noite de ontem. Pais e alunos estiveram no plenário com cartazes, mostrando a insatisfação com a demora no processo seletivo de professores. Sem aula, alunos de diversas escolas estão sendo prejudicados por falta de professores na Rede Municipal de Ensino. Para Jeane Jacob de Matos, a promotoria precisa fazer alguma coisa. “Eu lembro que durante a greve dos professores, a promotora dizia que as crianças não poderiam ficar fora da escola, mas e agora, pode?”, questionou a mãe de um aluno que nesta semana terá aula somente em dois dias.
“Já são 13 dias desde o início do ano letivo e, em algumas escolas, há turmas que estão totalmente sem aula em determinados dias da semana. A Prefeitura de Dourados precisa acelerar o processo seletivo para que os alunos possam assistir aulas em período integral. Estarei cobrando celeridade da Secretaria de Educação”, afirmou a vereadora Daniela Hall. (Da Assessoria Parlamentar)
