Servidores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul são contra a reforma da Previdência Social da forma como o governo pretende, penalizando apenas os trabalhadores brasileiros e mantendo privilégios de algumas categorias. Entretanto, são plenamente favoráveis à s reformas polÃtica, tributária e fiscal e do judiciário.
âA sociedade não suporta mais tantos escândalos na polÃtica brasileira; pagar tantos tributos e impostos e assistir a um judiciário cheio de privilégios, com salários astronômicos, auxÃlios de tudo o que se imaginar e, ao mesmo tempo, termos que conviver com leis frágeis e esfaceladas que permitem que o criminoso tenha direito a eternos recursosâ, explica Waldevino BasÃlio, coordenador do SISTA/MS – Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Institutos Federais de Educação de MS.
BasÃlio diz que a entidade e servidores da UFMS vão continuar a empunhar a bandeira contra a reforma da previdência e vão engrossar ainda mais a luta em favor das reformas polÃtica, do judiciário e fiscal e tributária.
Sobre o judiciário, segundo BasÃlio, além dos privilégios que esse poder insiste em manter para seus representantes, envolvendo milhões de reais de dinheiro público, tem também a questão da morosidade na tramitação dos processos nesse poder.
Sobre a necessidade de reforma fiscal e tributária, a direção do SISTA/MS, em comunhão com os servidores da universidade, manifestada em assembleias ordinárias e extraordinárias, ressalta que a população brasileira não suporta mais pagar tantos impostos e tributos sobre absolutamente tudo o que usa, consome e até pelo que não consome. âCada cidadão brasileiro trabalha mais de cinco meses no ano só para pagar os tributos ao governo. Isso não pode mais continuar. Não em um paÃs que busca o crescimento e o desenvolvimento como uma Nação de primeiro mundo. As famÃlias brasileiras precisam de mais qualidade de vida e de recursos para viver com qualidade de vidaâ, critica o coordenador geral.
O SISTA/MS sustenta que além de reduzir a carga tributária e fiscal o governo deve devolver essas arrecadações à comunidade em forma de mais e melhores serviços nas áreas de saúde, educação e infraestrutura, para que as famÃlias tenham mais qualidade de vida.
A enfermeira do HU e também coordenadora do sindicato, Cléo Gomes também tece duras crÃticas aos modelos polÃtico, tributário e fiscal em vigor hoje no Brasil. âReformas desses segmentos se fazem necessários há muitos anos. Pagamos um preço muito alto para sustenta-los como são hojeâ, afirma. Ela insiste também em ressaltar que a Previdência não é deficitária no paÃs e que ocorre sim uma série de outros problemas que agravam o setor e que o Governo insiste em fazer vista grossa, como por exemplo as isenções de grandes empresas; sonegação de bilhões de reais por determinadas empresas; o desvio por intermédio da DRU, por exemplo, de mais de 30% dos recursos da previdência social e outros problemas que precisariam ser enfrentados com autoridade e respeito ao povo brasileiro.
Os conchavos polÃticos entre partidos e a permanência de autoridades envolvidas em escândalos de desvio de verbas públicas para enriquecimento próprio são apenas dois dos inúmeros problemas da polÃtica hoje no Brasil, afirma Cléo Gomes. âUma ampla e rigorosa reforma polÃtica no Brasil já deveria ter sido feita há muito tempo. Mas os nossos parlamentares ficam protelando para salvaguardar suas próprias mordomias e não deixar o poderâ, critica a coordenadora do SISTA/MS.
BasÃlio lembra que uma recente reforma polÃtica foi implementada no paÃs, só que ela ficou bem longe do ideal, pois só aumentou as regalias e privilégios dos polÃticos. âPrecisamos de uma reforma polÃtica séria e que respeite a vontade popularâ, afirma o sindicalista que deixa como reflexão a seguinte pergunta: – Quanto custa um polÃtico (vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, governador…) em nosso paÃs anualmente? Ele lembra que: âsão pessoas sustentadas pela gente e que trabalham contra a genteâ.
O sindicato vai começar a massificar uma campanha por essas três reformas urgentes no Brasil e espera contar com o apoio e a participação da opinião pública de todo Estado, para pressionar os parlamentares de Mato Grosso do Sul a lutarem por esses objetivos em benefÃcio do povo brasileiro e de uma Nação mais justa e desenvolvida.
Precisamos de uma reforma urgente e profunda nesse segmento para impedir a permanência de indivÃduos corruptos, que assaltaram os cofres públicos e que continuam no poderâ, explica.