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Serviços crescem 0,7% em janeiro, terceiro avanço consecutivo

Informação e comunicação (1,5%) foi o setor com maior impacto sobre o resultado geral – Imagem: Shutterstock

Em janeiro, o volume de serviços prestados no país cresceu 0,7% frente a dezembro. É o terceiro resultado positivo consecutivo do indicador, acumulando um ganho de 1,9%. Quatro das cinco atividades pesquisadas ficaram no campo positivo: informação e comunicação (1,5%), setor com maior impacto sobre o resultado geral; serviços profissionais, administrativos e complementares (1,1%) e transportes (0,7%). Os outros serviços (0,2%) mostraram uma ligeira variação positiva e os serviços prestados às famílias (-2,7%) assinalaram queda.

Dessa forma, o setor de serviços se encontra 13,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 0,7% abaixo de dezembro de 2022 (ponto mais alto da série histórica). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (15) pelo IBGE.

Este é o quarto resultado positivo seguido para o setor de informação e comunicação (1,5%), que acumulou no período um ganho de 3,8%. “O principal impacto positivo ficou com a parte de serviços audiovisuais (27,6%), impulsionado pelo crescimento da receita das empresas que atuam com exibição cinematográfica, programadoras de conteúdo para TV fechada e plataformas de streamings. “Com o período de férias, as salas de cinema acabaram recebendo mais público e aumentando o faturamento das empresas desse segmento. Ainda dentro do setor de informação e comunicação, destaco o aumento da receita das empresas que trabalham com edição integrada à impressão de livros, em função da produção de material didático direcionado às escolas. E, por último, os serviços de tecnologia da informação (3,8%) também contribuíram com o bom desempenho do setor neste mês, explicou Rodrigo Lobo, gerente da PMS.

No confronto com igual mês do ano anterior, o volume de serviços apontou expansão de 4,5% em janeiro de 2024, após ter recuado 1,9% em dezembro. A configuração do índice deste mês se deu de forma mais espalhada tanto setorialmente como em termos regionais, já que todas as 5 atividades e 26 das 27 unidades da federação avançaram frente a igual mês do ano anterior. O índice de difusão de janeiro de 2024, que mede o percentual de serviços em expansão, sinalizou um maior número de atividades com taxas positivas, com avanço em 92 dos 166 tipos de serviço pesquisados (55,4%).

O volume de serviços, ao crescer 4,5% em janeiro de 2024, interrompe longa sequência de perda de dinamismo que já vinha sendo desenhada desde o segundo trimestre de 2021 (21,5%) até o último trimestre de 2023 (-0,6%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Em termos setoriais, quatro das 5 atividades investigadas também mostraram ganho de fôlego na passagem do período outubro-dezembro do ano passado (-0,6%) para janeiro de 2024 (4,5%), com destaque para as reversões de comportamento verificadas nos setores de outros serviços (de -4,4% para 3,1%) e de transportes (de -3,6% para 3,1%).

Além disso, os serviços de informação e comunicação (de 1,5% para 6,8%); e os profissionais, administrativos e complementares (de 2,7% para 5,0%) ampliaram a magnitude de expansão nos intervalos analisados. Em contrapartida, os serviços prestados às famílias (de 4,8% para 3,9%) foram os únicos que reduziram a magnitude de crescimento entre os dois recortes temporais investigados.

Atividades turísticas recuam 0,8% em janeiro

Em janeiro de 2024, o índice de atividades turísticas caiu 0,8% frente ao mês imediatamente anterior, após ter mostrado expansão de 2,6% em dezembro. Com isso, o segmento de turismo se encontra 3,5% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 4,3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Apenas quatro dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de retração verificado na atividade turística nacional (-0,8%). As influências negativas mais relevantes ficaram com Rio de Janeiro (-5,7%) e Rio Grande do Sul (-6,2%). Em sentido oposto, Ceará (11,9%), Bahia (2,7%), São Paulo (0,3%) e Minas Gerais (1,1%) assinalaram os principais avanços em termos regionais.

Na comparação com janeiro de 2023, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 0,5%, 34ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de restaurantes; serviços de bufê; locação de automóveis; espetáculos teatrais e musicais; e agências de viagens.

Em termos regionais, seis das 12 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para Minas Gerais (10,1%) e Rio de Janeiro (4,3%), seguidos por Pernambuco (5,2%), Paraná (2,8%) e Santa Catarina (3,0%). Em contrapartida, Distrito Federal (-8,7%), Rio Grande do Sul (-5,7%), Goiás (-8,2%), Ceará (-5,4%) e Espírito Santo (-8,2%) exerceram os principais impactos negativos do mês

Transporte de passageiros cresce, após quatro quedas consecutivas

Em janeiro de 2024, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou expansão de 2,9% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, após registrar quatro taxas negativas seguidas, período em que apontou perda acumulada de 8,0%. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 5,6% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 27,2% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou expansão de 0,6% em janeiro de 2024, após ter recuado 0,9% em dezembro. Dessa forma, o segmento se situa 4,4% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 37,0% acima de fevereiro de 2020.

“Temos uma influência negativa do transporte aéreo, porque o nível de preço das passagens estava mais baixo em janeiro de 2023 do que em janeiro de 2024. Também dentro deste segmento, é importante ressaltar que o transporte rodoviário coletivo de passageiros teve queda, por conta de uma demanda mais aquecida em janeiro de 2023 em relação a janeiro de 2024”, explicou Rodrigo Lobo, gerente da PMS.

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