O vereador Sergio Nogueira (PSDB) reuniu-se com representantes do Comad (Conselho Municipal Antidrogas), nesta terça-feira (13), para debater sobre a desburocratização de envios de recursos para entidades que acolhem pessoas em risco social. O secretário de Assistência Social, Landmark Ferreira Rios, a Comissão de Políticas de Prevenção às Drogas, presidida por Junior Rodrigues (PR) e com Cirilo Ramão (PMDB) como membro, o vereador Braz Melo (PSC) e representantes da sociedade civil organizada, tidas como comunidades terapêuticas, participaram da reunião.
Na reunião eles discutiram sobre as leis que regulamentam o funcionamento de comunidades terapêuticas que, ao invés de facilitar o repasse de verbas públicas, criam regras que burocratizam e inviabilizam políticas de assistência social. Sergio Nogueira se colocou à disposição dessas organizações para criar estudos e apontamentos que visam facilitar o envio de verbas públicas.
Dentre os encaminhamentos, foi criado o Fórum Municipal das Comunidades Terapêuticas que visa debater e transparecer para o poder público a realidade das entidades. “Nós queremos ajudar estas comunidades, pois elas têm um papel muito importante na vida destas pessoas, as tirando de uma situação de risco e levando-as de volta à família e a sociedade”, comentou o vereador.
A presidente do Comad, Talita Rolim, disse durante a reunião que “foi um recomeço no que tange à discussão das políticas púbicas no município de Dourados sobre drogas. É um tema muito complexo e que merece um olhar amplo e intersetorial”.
Comunidades
As comunidades terapêuticas acolhem usuários de substâncias psicoativos, do sexo masculino, acima de 18 anos, que se encontram já na dependência química. Não são poucos os que procuram tratamento em razão das consequências sociais que a doença tem ocasionado.
Com um balanço feito na reunião, sobre a quantidade de usuários internados, verificou-se que atualmente existem 150 homens recebendo tratamento na cidade de Dourados. Isso reflete um grande impacto na vida das famílias e na sociedade.
Conforme os representantes das comunidades, 80% das pessoas atendidas são cidadãos de Dourados que estavam morando nas ruas da cidade por consequência da dependência e por ter perdido seus vínculos familiares e empregatícios.
