Na semana que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Instituto Taquari Vivo (ITV) participou da Agenda Carbono Verde – seminário de iniciativas descarbonizantes da Agropecuária Brasileira, no auditório do Bioparque Pantanal em Campo Grande-MS.
Foram debatidas durante a agenda: as políticas públicas para o desenvolvimento sustentável em Mato Grosso do Sul, a apresentação do PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) entre outras ações; já no âmbito nacional, as novas atuações do programa ABC+, além de painéis com importantes atores de programas e pesquisas que propõem a mitigação de carbono no Brasil.
Participando do painel: Iniciativas de “Carbono Mitigado”, “Carbono Sequestrado” e “Carbono Capturado”, Renato Roscoe diretor do ITV, explicou sobre a importância de projetos de restauração de áreas degradadas que visam também à geração de serviços ambientais.
“Geralmente essas áreas degradas são áreas de pecuária, em que o pecuarista foi perdendo sua capacidade de investimento. Não foi só a erosão do solo que aconteceu, mas foi a erosão econômica do pecuarista também. E esses mecanismos de pagamento para os serviços ambientais são muito mais mecanismos pra dar suporte para que ele faça essa restauração. É buscar nos créditos de carbono uma forma de financiar essa regeneração ambiental e produtiva necessárias nas áreas de pastagens degradadas do país”, explicou Roscoe.
Um desses projetos é uma parceria do ITV com o PROSOLO da Secretaria de Estado e Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de MS – Semagro, que visa à revitalização da bacia do alto Taquari através de aportes econômicos e auxílio técnico aos produtores rurais da região.
“Um projeto pioneiro no Córrego Pontinha em Coxim, e com isso a gente está juntando as duas coisas, ou seja, restaurando com terraços, regeneração das pastagens e também fazendo a restauração das áreas de APP e de reserva legal”, ressalta Renato.
A ex ministra e deputada federal, Tereza Cristina, também presente no evento, enfatizou as novas tecnologias disponíveis atualmente no agronegócio e que fortalecem não somente as ações de conservação, mas que promovem a redução do metano pelo setor.
“O Brasil vem há muitos anos fazendo isso, temos que melhorar, claro que temos, um País com a nossa dimensão, não tem como não ter coisas a melhorar, mas os nossos exemplos são fantásticos. Nós recuperamos 50 milhões de hectares com o ABC cerrado, queremos recuperar mais 70 milhões, investimos em genética para reduzir o ciclo da pecuária, investimos em tecnologias para melhorar nossa agricultura, então, o que nós precisamos deixar de ter é esse complexo, que a gente não sabe fazer as coisas que a gente não tem tecnologias apropriadas”, enfatizou.
O evento realizado pela Semagro, Governo de Mato Grosso do Sul e Ministério da Agricultura, contou com apoio da Aprosoja MS e Rural Cerrado Sustentável.