O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado nesta quinta-feira (11) pelo IBGE, apresentou variação de 0,26% em dezembro, uma alta de 0,18 ponto percentual (p.p.) em relação a outubro (0,08%). Dessa forma, o ano fechou com alta de 2,55%, numa queda de 8,35 pontos percentuais em relação à taxa acumulada de 2022. O índice em dezembro de 2022 foi de 0,08%.
“Esta taxa é a menor desde o ano de 2014, período comparado para a série com a desoneração da folha de pagamento”, destaca o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em novembro fechou em R$ 1.717,11, passou em dezembro para R$ 1.722,19, sendo R$ 1.001,89 relativos aos materiais e R$ 720,30 à mão de obra.
A parcela dos materiais apresentou variação de 0,27%, subindo 0,19 ponto percentual em relação a novembro, e registrando a segunda maior taxa da categoria no ano, ficando atrás apenas do mês de abril (0,42%). Considerando o índice de dezembro de 2022 (0,07%), houve aumento de 0,20 ponto percentual.
“No ano, o acumulado da parcela de materiais ficou em 0,06%, também registrando a menor taxa desde 2014”, analisa Oliveira.
Já a mão de obra com taxa de 0,24%, e reajuste observado em dois estados, também registrou alta, subindo 0,16 ponto percentual em relação tanto ao mês anterior (0,08%), quanto a dezembro de 2022 (0,08%).
“Chegamos ao fim de 2023 com resultados que indicam uma menor influência da parcela dos materiais e participação mais efetiva, mas dentro da normalidade, da parcela da mão de obra. Diferente do observado nos anos de 2020, 2021 e 2022”, destacou o gerente do Sinapi.
Com reajuste nas categorias profissionais, Piauí tem a maior variação
Com reajuste nas categorias profissionais, Piauí foi o estado que registrou a maior taxa em novembro, 2,52%. No acumulado do ano, Amazonas foi o estado com a maior taxa, 6,80%.
A Região Centro-Oeste registrou a maior alta em dezembro. Influenciada pelo reajuste observado nas categorias profissionais no Mato Grosso, ficou com a maior variação regional mensal, 0,90%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,31% (Norte), 0,21% (Nordeste), 0,14% (Sudeste) e 0,25% (Sul).
Região Sul fica com o maior resultado acumulado para o ano de 2023
A Região Sul apresentou o maior resultado acumulado de 2023, 4,58%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 4,40% (Norte), 2,48% (Nordeste), 1,86% (Centro-Oeste), 1,68% (Sudeste).
A Região Centro-Oeste ficou com a maior queda no acumulado do ano de 2023, 12,74%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: -8,65% (Sudeste), -8,30% (Norte), -7,54% (Nordeste) e -5,90% (Sul).