As 23h, o tio de uma das meninas começou a receber mensagens dizendo que as meninas teriam sido sequestradas e que estariam sendo torturadas. Os autores enviaram áudios e vídeo para os familiares ondem as menores apareciam em cárcere privado, e como se estivessem sendo agredidas.
O que chamou atenção dos policiais foi que os autores informaram que teriam sequestrados as meninas pois uma delas seria filha de uma pessoa com quem os sequestradores tinham desavenças. E que iriam matá-las para se vingarem.
A equipe de investigação, em posse do celular desse tio, com quem os supostos sequestradores mantinham contato, passou-se pelos familiares e combinaram o lugar para levar o dinheiro e resgatar as menores. Os autores pediram, para que o dinheiro fosse deixado, às 03h, no pneu de um carro abandonado, que estaria próximo à praça do bairro Nova Corumbá, e que liberariam as meninas próximo a UPA Guatós.
Equipes da Polícia Civil se deslocaram até os locais informados, mas não obtiveram êxito em localizar suspeitos e nem as supostas vítimas. Durante as diligências os autores a todo momento mudavam o local do pagamento e onde liberariam as duas menores.
Até que as meninas foram encontradas, por volta das 04h, em frente à escola Cassio Leite de Barros. A equipe policial desconfiou da tranquilidade das menores e da história contada por elas, que apresentavam diversas contradições.
Posteriormente as duas confessaram que saíram para se encontrar com os respectivos namorados, ambos de 18 anos, para terem relações amorosas, e que, em conjunto, decidiram simular um falso sequestro para extorquir os familiares das menores. Por volta das 06h, um dos menores foi identificado e encontrado na casa da mãe, no bairro Guatós.
Este primeiro confessou o crime e deu a localização do segundo autor, que morava no mesmo bairro. Ambos foram presos em flagrante pelo crime de extorsão e corrupção de menores.
E serão investigados pelo crime de estupro de vulnerável.