Home Saúde

Pestalozzi de Dourados e Clínica de Fisioterapia recebem doação de órteses

As órteses foram produzidas e doadas pelos acadêmicos de Fisioterapia da UNIGRAN em atividade prática

Alunos da Pestalozzi recebem órteses personalizadas – Divulgação/Unigran

Os acadêmicos do 5º semestre do curso de Fisioterapia da UNIGRAN produziram órteses durante a disciplina de Prótese e Órtese, sob a orientação da professora Camila Di Dio. Ao todo foram produzidas 19 órteses e doadas aos pacientes da Clínica de Fisioterapia UNIGRAN e da Associação Pestalozzi de Dourados.

As órteses estáticas vão contribuir com a melhora da qualidade de vida desses pacientes. A atividade envolveu a parte teórica e prática. Foram confeccionadas órteses de baixo custo, que são feitas com cano PVC, moldadas com gesso no paciente, o revestimento é de EVA para não machucar e ainda, feitas de acordo com o gosto do paciente gosta: por exemplo a cor, desenho, entre outros.

Um aluno da Pestalozzi, corintiano, não poderia escolher outro símbolo que não fosse do Corinthians. Anderson dos Santos é atleta de basquete, com paralisia cerebral leve, ele tem atrofia na mão e no pé do lado esquerdo, pois adota a postura hemiplegia – que somente um lado do corpo tem dificuldade de movimento e sensibilidade. Para ele foi confeccionada uma AFO, que é uma órtese para articulação tornozelo e pé, para poder posicionar em 90°, e para a mão, foi confeccionada uma órtese de posicionamento, trazendo para uma flexão de 20º a 30º de punho, com leve flexão dos dedos e uma abdução do polegar para que ele fique na posição adequada.

“Foi bom para eu poder desenvolver mais. Eu faço Fisioterapia e gosto muito, agora consigo pegar algumas coisas com a mão esquerda, antes só pegava com a direita. E agora, vai melhorar mais o resultado”, afirma Anderson.

Conforme a professora Camila Di Dio, que também é fisioterapeuta na Pestalozzi, essas órteses de baixo custo ajudam o paciente no posicionamento, pois não têm função e não são articuladas, contudo vão posicionar o paciente quando ele estiver de repouso, o que evita as deformidades.

“Esses pacientes têm a necessidade do uso de órtese e não conseguem adquirir. Pelo SUS não são feitas em Dourados e hoje existe uma demora de entrega de oito meses a um ano. Então, muitas vezes quando as órteses do SUS chegam para o paciente já não servem mais, porque o pé cresce, a mão muda de posição. Nós temos essa necessidade/demanda aqui em Dourados e região. Com isso, a ideia foi ajudar a comunidade”, ressalta Camila.

Os atendidos são com sequelas de Acidente Vascular Encefálico – AVE, paralisia cerebral, mielomeningocele, entre outros com comprometimento motor. A professora enfatiza que “esses problemas de saúde muitas vezes levam à deformidade devido à ausência ou fraqueza da musculatura, excesso de espasticidade muscular – em que a mão fica fechada, o punho dobrado demais, o pé caído. Se fica assim por muito tempo, vira uma deformidade, não consegue trazer mais para a posição normal, e as órteses servem para trazer à posição normal e evitar uma deformidade. Os profissionais da fisioterapia precisam das órteses, porque elas nos auxiliam para termos um resultado eficiente na reabilitação”.

Para a diretora da Pestalozzi, Vera Lúcia Di Dio, foi uma alegria muito grande receber as doações. “Há muitos anos temos parceria com a UNIGRAN. Os acadêmicos sempre estão muito presentes e vêm enriquecer o trabalho que a Pestalozzi oferece para os usuários. Eu agradeço de coração a UNIGRAN. Nossos usuários são de baixa renda, então para eles conseguirem adquirir uma órtese dessas, é difícil, pois não têm condições financeiras. E, com essas doações, os nossos alunos têm uma qualidade de vida melhor e irão se desenvolver melhor”, garante.

Experiência acadêmica

O grupo da acadêmica de Fisioterapia, Michele de Moura Gonçalves, fez uma órtese para uma criança de dois anos, que ainda não anda, mas apresenta os pés para dentro e caídos. “A órtese servirá para melhorar o prognóstico, tentar fazer com que mantenha a posição anatômica, que é a normal, e evitar que deforme mais, para que um dia, talvez, possa introduzir a marcha”, menciona.

Porém, a estudante ressalta que não pode dar uma falsa esperança de que o paciente irá andar. Ela destaca que “é importante os pais procurarem um profissional, desde o início da descoberta da doença, para poder se orientar e evitar essa deformidade. Foi uma experiência incrível de fazer uma órtese e além do mais, ajudar alguém que não tem condições comprar uma”.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UM COMENTÁRIO/RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Sair da versão mobile

Definição de Cookie

Abaixo você pode escolher quais tipos de cookies permitem neste site. Clique no botão "Salvar configurações de cookies" para aplicar sua escolha.

FuncionalNosso site usa cookies funcionais. Esses cookies são necessários para permitir que nosso site funcione.

AnalíticoNosso site usa cookies analíticos para permitir a análise de nosso site e a otimização para o propósito de otimizar a usabilidade.

Social mediaNosso site coloca cookies de mídia social para mostrar conteúdo de terceiros, como YouTube e FaceBook. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

AnúnciosNosso site pode utilizar cookies de publicidade para mostrar anúncios de terceiros com base em seus interesses. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

OutrosAlgum conteúdo publicado em nosso site pode incluir cookies de terceiros e de outros serviços de terceiros que não são analíticos, mídia social ou publicidade.