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Papa celebra missa histórica para 150 mil pessoas em Myanmar

Pontífice pediu para não usar violência para resolver crises

Em seu terceiro dia de viagem em Myanmar, o papa Francisco celebrou a primeira missa de um líder católico da história do país, que reuniu 150 mil pessoas, e falou sobre as “divisões” que existem por lá. Apesar de não citar a palavra “rohingya”, a minoria muçulmana que é duramente perseguida por militares, o Pontífice falou sobre o processo de reunificação.

“Sei que muitos em Myanmar carregam as feridas da violência, sejam as visíveis ou invisíveis. A tentação é de responder a essas lesões com uma sabedoria mundana, que é profundamente viciada. Pensamos que a cura poderá vir da raiva e da vingança.

Todavia, a vingança não é o caminho de Jesus”, disse durante a homilia.

Segundo Jorge Mario Bergoglio, Jesus Cristo “não ensinou com longos discursos ou mediante grandes demonstrações de poder político e terreno, mas dando sua vida na cruz”.

Ele ainda elogiou as atividades da pequena comunidade católica no país, que tem maioria budista, e destacou que viu “sinais claros que, mesmo com meios limitados, muitas comunidades proclamam o Evangelho para outras minorias tribais sem nunca forçá-los ou obrigar, mas sempre convidando e acolhendo”.

Durante o sermão, ele citou como exemplo positivo de atuação em Myanmar a ONG Karuna, a Caritas nacional, que é muito ativa, entre outras coisas, na assistência e ajuda à minoria rohingya – tanto no país como em Bangladesh, para onde fogem os muçulmanos.

Essa foi a primeira e única missa do Papa em território local, que foi celebrada em latim, italiano e em birmanês. Já as leituras dos fiéis usaram algumas das 130 línguas das etnias do país, como o shan, chin, tamil, karen, kachin e kayan.

Encontro com budistas

No penúltimo dia de sua viagem a Myanmar, o líder católico ainda almoçou no arcebispado da cidade e terá um encontro com o Conselho Supremo Sangha, dos monges budistas do país, no Kaba Aye Centre, local-símbolo do budismo Theravada.

O encontro também terá a presença do ministro para Assuntos Religiosos, Thura U Aung Ko. O budismo é a religião majoritária, sendo a religião e a supremacia da etnia birmanesa tendo sido impostos pela longa ditadura militar que durou entre 1962 e 2015.

Depois do encontro, o Pontífice se encontrará com os bispos católicos no arcebispado de Yangon e haverá ainda uma reunião com cerca de 30 jesuítas que atuam na região.

Da AnsaFlash

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