O secretário-geral da Otan, Jens Soltenberg, anunciou nesta sexta-feira (25) que a aliança militar do Ocidente irá ativar um plano de defesa e reforçar a presença de tropas no leste da Europa.
“Ativamos os planos de defesa da Otan para nos prepararmos para responder a uma série de contingências e assegurar o território da Aliança, recorrendo também às nossas forças de resposta rápida”, afirmaram os líderes dos países da Otan, após reunião.
Um comunicado divulgado pela Casa Branca reafirma o compromisso “de ferro” com o artigo 5 do tratado, que prevê uma defesa mútua. Milhares de homens e 100 aeronaves já foram mobilizados, além de cerca de 20 unidades navais no Mediterrâneo.
De acordo com a Otan, a decisão de Putin de atacar a Ucrânia “foi um terrível erro de estratégia, pelo qual a Rússia pagará um alto preço nos próximos anos em termos políticos e econômicos”.
A Ucrânia não faz parte da organização e não haverá presença militar da Otan em seu território. Na cúpula de hoje, também participaram a Finlândia e a Suécia, dois países que Moscou não quer que seja aderido à Aliança, conforme reiterado pelo ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Durante discurso na cúpula, o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, afirmou que o ataque russo à Ucrânia é o mais sério em décadas.
“Condenamos veementemente o ataque de brutalidade injustificada da Rússia à Ucrânia. O comportamento russo é a ameaça mais séria à segurança euro-atlântica em décadas e, sobretudo, à nossa democracia e liberdade”, disse o premiê italiano.
OCDE
O conselho da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) anunciou a decisão de interromper formalmente o processo de adesão da Rússia ao grupo e fechar o seu escritório em Moscou, em resposta à invasão russa na Ucrânia.
“A OCDE está firmemente solidária com o povo ucraniano”, diz a nota oficial, que condena “com maior firmeza a agressão em larga escala da Rússia contra a Ucrânia”.
Da AnsaFlash