Olimpíada do Conhecimento abre portas no mercado de trabalho para competidores

Competição começou na segunda-feira (07/03) e segue até sexta-feira (11/03), no SENAI de Campo Grande

Para muitos jovens, escolher um curso técnico significa aumentar as chances de ingresso no mercado de trabalho. Em média, sete em cada dez formados no ensino técnico conseguem emprego durante ou após a realização do curso, de acordo com levantamento do SENAI. Além disso, o ensino profissionalizante abre novos caminhos para os estudantes. A Olimpíada do Conhecimento, competição de profissões que começou na segunda-feira (07/03) e segue até sexta-feira (11/03), no SENAI de Campo Grande, tem sido uma trilha para que esses jovens realizem seus sonhos no Brasil e até no exterior.

Edmilson Neto já foi atleta e agora é técnico da equipe baiana que veio à Capital para disputar a modalidade Controle Industrial da olimpíada. Em 2019, como competidor, ele fez parte da delegação brasileira que representou o país na WorldSkills em Kazan, na Rússia. Os anos de dedicação e treinamentos valeram-lhe a medalha de bronze na modalidade Mecatrônica, disputada em dupla com o colega Ítalo Carlos.

“Não dá para explicar a sensação de subir ao pódio no mundial, na Arena Kazan lotada. Para mim, um jovem iniciando a vida profissional, entrar naquele local que serviu de palco para a Copa do Mundo, é algo que guardo no coração com muito carinho”, conta Edmilson.

Às vezes, nem é preciso cruzar continentes para superar desafios. O do competidor paulista João Faria de Moraes Neto, de 19 anos, era viajar de avião. Sair da cidade natal, Bauru, para chegar a Campo Grande, foi o primeiro obstáculo a ser vencido nessa edição da Olimpíada do Conhecimento. “Fiquei treinando dois anos para a competição e sempre pensando nesse momento de viajar de avião. Era uma insegurança minha, pois nunca tinha viajado. No fim deu tudo certo, e é uma alegria imensa estar aqui, fui muito bem recebido em Campo Grande”, diz o jovem.

O coordenador técnico nacional da Olimpíada do Conhecimento, Fabio Lima, já viveu na pele a emoção de disputar o evento. Em 2002, ele conquistou o bronze na modalidade Instalações Elétricas, fase nacional. “Foi algo que abriu para mim muitas portas, tanto dentro como fora da instituição, pela qual tenho atuado há 16 anos”, lembra. Fabio procura ressaltar aos jovens o peso que a olimpíada confere ao currículo. “Por estarem treinando com professores exclusivos, utilizando equipamentos tecnológicos atualizados e processos validados internacionalmente, é evidente o diferencial desse aluno quando vai para o mercado. As empresas solicitam a contratação desses profissionais, que têm um perfil difícil de encontrar”, afirma.