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Missão Caiuá faz esclarecimentos a Comissão sobre saúde indígena

Elias Ishy e Comissão de Saúde durante reunião com representantes da Missão Caiuá – Foto: Divulgação

Possibilidade de municipalização foi alvo de protestos por indígenas, que temem precarização dos serviços ofertados atualmente pela ONG

A Comissão de Saúde da Câmara de Dourados, formada pelos vereadores Elias Ishy (PT), Daniela Hall (PSD) e Juarez Oliveira (MDB), recebeu na terça-feira, dia 12, representantes da ONG MEC – Organização Não Governamental Missão Evangélica Caiuá, que prestaram esclarecimentos sobre o trabalho em benefício da comunidade indígena da região. O reverendo Benjamim Benedito Bernardes apontou que são 90 anos de portas abertas desenvolvendo atividades também em outras áreas, como educação e assistência social.

A visita do grupo é realizada após a manifestação de dezenas de indígenas e profissionais que atuam na reserva contra a possibilidade de municipalização da saúde, proposta pelo ministro Luiz Henrique Mandetta, que cumpriu agenda na cidade semana passada. Os manifestantes afirmaram que primeiro é necessário ouvir o movimento indígena e consideram que os municípios não teriam capacidade de oferecer todos os serviços, implicando na queda da qualidade da atenção básica.

Segundo o reverendo Sergio Paulo Martins, o Hospital “Porta da Esperança” mantém 100% dos atendimentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Desses, 35% são ainda custeados pela Igreja Presbiteriana e o restante por convênios com o Governo. Ele relata que a Missão é responsável pelos recursos humanos, neste sentido, a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) elabora o plano de trabalho que determina a contratação de funcionários.  A ONG explica que não se beneficia de nenhum centavo do montante repassado, sendo apenas o braço estendido da igreja no cumprimento de sua finalidade social junto às comunidades indígenas.

O presidente, reverendo Geraldo Silveira Filho, lembra, no entanto, que a MEC está há três meses sem receber os repasses do Governo, mas que continua atendendo normalmente mesmo com o atraso. Só em Dourados, esse trabalho é ofertado por convênio há mais de 30 anos. Segundo ele, é preciso levar dignidade ao povo, mas também amor. Para Martins, porém, a melhoria deve ser pensada de forma global, em ações relacionadas como a de saneamento para colaborar na qualidade de vida da população.

O convênio da Missão termina no mês de abril e, como encaminhamento, foi proposto o acompanhamento desse processo, bem como uma visita a comunidade local para verificar a situação dos serviços prestados. A reunião foi acompanhada também pelos membros da Igreja Presbiteriana de Dourados,Carlos Bonamigo  e Ildemar Berbert.

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